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A facilitação do livre movimento das coisas
Márcia Thomazinho (1)
Sobre 2015, 2016 e 2017, anos vividos como muitos. Tempo de entrar formalmente no Instituto Fonte, tempo de selar um namoro que já vinha se desenhando há algumas primaveras, tempo de ir além do lugar “seguro” da gestão de uma OSC e me entregar também à prática da consultoria e da formação.
Pela formação eu já vinha transitando, mas na consultoria, ah, como eu resisti em me dizer consultora, como se a palavra tivesse um peso desproporcional em relação ao que eu queria realizar no mundo. Parei de resistir e me entreguei, dizendo para mim “tudo bem, você pode experimentar isso por um tempo, não tá escrito na pedra”…
E de experimentar essa prática me vieram incontáveis lições, num processo intenso de aprendizagem pela prática, que me virou do avesso e me colocou no “direito” novamente… ou que me mostrou o “direito” que há no avesso.
Nessa aventura de me ver consultora, me ver “facilitadora de processos”, tive a alegria de me encontrar em processos muito ricos, com organizações sólidas e ativas, desejosas por um processo de mudança ou por simplesmente conseguir enxergar mais à frente ou por extrair aprendizagens de uma experiência.
Ao me colocar no lugar de quem facilita processos pude aprender a me colocar ao lado dessas organizações, dessas pessoas e construir com elas um caminho que fizesse sentido, sem chegar com nada muito “pronto” ou “pré-definido”, mas me dispondo a fazer com elas uma leitura do processo que estavam vivendo e sobre qual seria o próximo passo.
Experimentei deixar de lado muitas certezas, aprendi a “segurar de levinho” (expressão precisa que aprendi com Tião Guerra) aquilo que eu já sabia ou aquele desejo que trazia comigo.
Experimentei ter planejado tudo bonitinho e chegar na hora e ver que a coisa tomou outro rumo e que talvez nada daquilo que estava planejado fizesse mais sentido, e a me perguntar ali, ao vivo, ‘qual o próximo passo então? ’. Esse passo só pode emergir do próprio processo, mas ele não é tão óbvio, é preciso desenvolver olhos para ver e uma espécie de confiança e de abertura capazes de sustentar aqueles minutos em que todo o meu plano foi jogado fora e eu ainda não sei o que fazer à frente.
Isso me lembra de algo que aprendi nos meus estudos sobre as Constelações Sistêmicas: a atitude fenomenológica ou a capacidade de ver o “campo” implica em saber que só se pode ver até o próximo passo… isso é tudo o que nos é permitido ver… Ah, e como é difícil sustentar isso! Nossa mente foi treinada para solucionar problemas, para desenhar caminhos, mecanismos e soluções para as coisas. Mas, e quando a gente não quer necessariamente solucionar nada, mas só ajudar a acontecer o próximo movimento possível, o próximo movimento preciso? Aí essas soluções não cabem, ou há um grande risco de elas sobrepujarem aquilo que o processo de fato pede. É preciso se conectar com o que é vivo nos processos para conseguir “facilitar” o seu fluxo, o livre movimento dele em direção ao seu próximo momento. E como? Usando que instrumento? Em grande parte usando a mim e ponto. Uau!
Facilitar o livre movimento pede de nós uma qualidade de confiança e abertura sem igual. Não é algo que eu planejo, nem um “lugar” para o qual eu vou quando desejo ir, não tem botão de “liga e desliga” e nem é algo que se conquista e “pronto, já posso descansar”… nada disso… é um contínuo… é uma prática, algo que me pede presença e dedicação.
Lembro-me de uma fala do Allan Kaplan no Programa Artistas do Invisível, na qual ele trata da facilitação de processos explicando que o grande trabalho não é facilitar, mas sim toda a preparação contínua e necessária para estar ali.
Hoje compreendo profundamente que essa preparação não diz respeito a fazer bons planejamentos, desenhar bons “PPTs” ou bons exercícios, mas sim estar profundamente afinado como o instrumento. Isso é uma “prática”, um exercício mesmo, não é nada que você aprenda com os livros, nem algo que você alcance e pronto, já não seja preciso mais nenhum esforço.
Não. Pede atenção plena, pede presença, pede conexão, pede sintonia, um tipo de sintonia fina que só se consegue estando pronto a mudar, a deixar a ir, a aprender, sempre.
Ah, que bom poder ter me colocado no caminho desta “prática”! Quero cada vez mais conseguir me dedicar a ela com disciplina e constância em quaisquer processos nos quais estiver implicada, afinando constantemente meu instrumento. Que venham mais anos de prática!
Este artigo integra o Relatório de Gestão 2015-2016, um importante instrumento de reflexão e aprendizagem do Instituto Fonte. Para ler outros textos ou baixar o relatório, clique aqui.
(1) Consultora associada do Instituto Fonte desde 2015. Atua em processos de desenvolvimento/aprendizagem organizacional, sistematização de experiências e a investigações no campo do desenvolvimento. Está no campo do Desenvolvimento há 15 anos, onde já atuou na gestão organizacional e de projetos em organizações como: Instituto Auá de Empreendedorismo Socioambiental e Instituto de Cidadania Empresarial. Bióloga, formada pela Universidade Mackenzie, pós-graduanda no programa “Reflective Social Practice” pelo Crossfields Institute (UK) e Alanus University (Alemanha). Tem diversas formações técnicas em Gestão de Organizações do Terceiro Setor e Gestão/Avaliação de Projetos e, mais recentemente, vem se dedicando a formações relacionadas ao Pensamento Complexo e Sistêmico aplicado a processos sociais, como as Constelações Sistêmicas e o Programa Artistas do Invisível. Cursou o programa Profides – Profissão Desenvolvimento entre 2009-2010 (do qual foi posteriormente co-facilitadora na 6ª edição, entre 2011 e 2012). Contato:marcia@institutofonte.org.br

Projeto Fortalecendo a Resiliência promove evento de encerramento com escolas e comunidades
Na manhã de ontem (11), o Projeto Fortalecendo a Resiliência realizou seu evento de encerramento, na Casa da Educação Visconde de Mauá, com a participação de 130 pessoas, dentre elas a equipe executora do Projeto, representantes das Secretarias Municipais de Educação e de Defesa Civil e Ações Voluntárias, estudantes, diretoras e professoras das dez escolas da rede pública participantes, além de membros dos Núcleos Comunitários de Defesa Civil – Nudecs e moradores dos territórios de Petrópolis onde o Fortalecendo a Resiliência aconteceu nos últimos 15 meses. Durante o encontro, os participantes compartilharam e celebraram as experiências deste ano de atividades, interagiram entre si e pactuaram interesse e compromisso de dar continuidade ao trabalho iniciado. Na ocasião, também foi lançada a publicação Nossas Escolhas, Nossa Voz, Nossa Vez, o guia metodológico da experiência do Projeto, cuja estrutura traz os próprios participantes como narradores do processo de aprendizagem.
Para Tião Guerra, que coordenou o Projeto Fortalecendo a Resiliência, com Roberta Dutra e Rodrigo D’Almeida, que coordenaram e realizaram as atividades com os Nudecs e escolas, respectivamente, este encontro foi mais um pacto do que um encerramento. “Ouvindo as pessoas falarem aqui hoje, percebemos o nível de tomada de consciência e de amadurecimento que adquiriram e, com o protagonismo e a emoção na postura dos jovens, temos a certeza de que a terra é fértil e basta cultivar para florir. O sentimento não é de fechamento, mas de celebração, onde estamos pactuando o florescer de uma cultura da redução de risco no município com diversos atores comprometidos”, comemora Tião.
Marcia de Palma, Subsecretária Municipal de Educação, esteve no encontro e celebrou com o grupo este ano de atividades. Em suas palavras, expressou a importância da continuidade no que as escolas vêm construindo. “Este Projeto é o início de um longo trabalho que Petrópolis precisa fazer para esta e para as próximas gerações para aprendermos a conviver e nos prevenirmos dos riscos que nossa cidade oferece. Temos informação, mas não temos a cultura da prevenção e da preparação. Queremos que esta questão se torne uma política pública continuada, dentro das escolas. E a responsabilidade de dar continuidade é de todos nós”, avalia Marcia.
A Secretaria Municipal de Defesa Civil a Ações Voluntárias, parceira na implementação do Projeto, declara a relevância da proximidade da instituição com a população para a redução dos riscos de desastres no município. “Por determinação do prefeito Bernardo Rossi, queremos aproximar ainda mais a Defesa Civil da população, que conhece as dificuldades e os problemas que precisamos enfrentar. Essa parceria com a população é fundamental para que o trabalho de prevenção seja realizado com sucesso”, afirma o secretário de Defesa Civil e Ações Voluntárias, coronel Paulo Renato Vaz.
Ao final do evento, cada participante levou consigo um exemplar da publicação e todos os presentes autografaram o Guia Nossas Escolhas, Nossa Voz, Nossa Vez (disponível para download no final da página).
Sobre o Projeto Fortalecendo a Resiliência
Fortalecendo a Resiliência aos Desastres na Região Serrana do Rio de Janeiro é um projeto realizado com o apoio do Instituto C&A, coordenado pela ONG internacional Save the Children, implementado, no Brasil, pelo Instituto Fonte, tendo como parceiros estratégicos a Prefeitura Municipal de Petrópolis, através das Secretarias de Defesa Civil e de Educação, e a Escola de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro – Esdec.
Realizado em Petrópolis, de outubro de 2016 a dezembro de 2017, promoveu a formação de redes comunitárias de gestão de risco de desastres (GRD), com capacitação e integração entre comunidades escolares e Núcleos Comunitários de Defesa Civil – Nudecs, em dez territórios do município, envolvendo um público direto de aproximadamente 500 pessoas, na Posse, Pedro do Rio, Araras, Estrada da Saudade, Bingen, Morin, Alto Independência, Itaipava/Vale do Cuiabá, Corrêas/Nogueira e Centro (24 de Maio).
Fortalecendo a Resiliência faz parte também de uma pesquisa mundial em Redução de Risco de Desastres (RRD) que engloba cinco países: China, Índia, Bangladesh, México e Brasil, sendo que no Brasil, o projeto ocorre apenas em Petrópolis.
O guia do Projeto pode ser baixado aqui!

Projeto Fortalecendo a Resiliência é destaque no encerramento da Semana Estadual de Defesa Civil
O Projeto Fortalecendo a Resiliência integrou o evento de Apresentação do Programa de Aplicação Estratégica para Redução de Risco de Desastres (RRD) do Estado do Rio de Janeiro. Trata-se do enceramento da Semana Estadual de Defesa Civil, promovido pela Secretaria de Estado de Defesa Civil – Sedec. Na ocasião, prefeitos dos 92 municípios fluminenses e respectivos dirigentes municipais de Defesa Civil conheceram o Plano de Emergências e o Plano Verão 2018 para enfrentamento das chuvas no estado do Rio, além de alguns produtos/ferramentas de RRD para apoio aos municípios.
O Projeto Fortalecendo a Resiliência, realizado em Petrópolis, de outubro de 2016 a dezembro de 2017, foi reconhecido pela Secretaria de Estado de Defesa Civil como uma experiência bem sucedida e, portanto, será apresentado como “boa prática em RRD”, com potencial de replicação, especialmente em escolas e interação com comunidades. O evento está acontecendo hoje (05) no Quartel Central do Corpo de Bombeiros, no Centro do Rio de Janeiro.
Sobre o Projeto Fortalecendo a Resiliência
Fortalecendo a Resiliência aos Desastres na Região Serrana do Rio de Janeiro é um projeto realizado com o apoio do Instituto C&A, coordenado pela ONG internacional Save the Children, implementado, no Brasil, pelo Instituto Fonte, tendo como parceiros estratégicos a Prefeitura Municipal de Petrópolis, por meio das Secretarias de Defesa Civil e de Educação, e a Escola de Defesa Civil do Estado do Rio de Janeiro – ESDEC. O projeto tem o objetivo de estimular redes comunitárias de gestão de risco de desastres (GRD), com capacitação e integração entre comunidades escolares e Nudecs, em dez territórios: na Posse, Pedro do Rio, Araras, Estrada da Saudade, Bingen, Morin, Alto Independência, Itaipava/Vale do Cuiabá, Corrêas/Nogueira e Centro (24 de Maio). Fortalecendo a Resiliência faz parte também de uma pesquisa mundial em RRD que engloba cinco países: China, Índia, Bangladesh, México e Brasil, sendo que no Brasil, o projeto ocorre apenas em Petrópolis.
Informação à imprensa
Thaís Ferreira
thatha_ferreira@hotmail.com
(24) 9.8808-9720

Escola da Juventude realiza seu primeiro encontro
O primeiro encontro da Escola da Juventude aconteceu no dia 25 de novembro, no Centro Mariapólis, em Igarassu. Estiveram presentes 33 jovens dos 48 selecionados.
A atividade trabalhou as habilidades sociais, capacidade de escuta e a biografia de cada pessoa. O clima de confiança e interação do grupo foi incrível.
Convidados apoiadores do Instituto Coca-cola e a equipe do Polo Ginetta de Economia de Comunhão estiveram conosco.
Dia 02 e 16 de dezembro tem mais.
#escoladajuventude #institutofonte #fontedejuventude
Alguns vídeos das dinâmicas:
Seguem as informações sobre os próximos passos:
Para entrar em contato escreva para: escoladajuventude@
O objetivo da Escola da Juventude é o de criar um ambiente propício para que jovens
- possam conhecer e aprofundar suas compreensões sobre suas comunidades e a complexidades das relações e questões que a permeiam;
- possam conhecer e discutir sua própria condição de jovem, o papel de cada um face ao seu próprio desenvolvimento e face ao desenvolvimento de suas comunidades;
- tenham espaços para descobrir e aprimorar suas capacidades e habilidades de liderança e de empreendedor, colocando-as a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade, e
- tenham oportunidades de se experimentarem e melhores condições de atuar, em suas próprias vidas, com a plenitude de seus potenciais.
- criem e desenvolvam seu projeto para atuar no mundo de forma empreendedora.
Sobre a região
De acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, a população da região da Mata Norte do Estado de Pernambuco conta com um total 30.635 jovens na faixa etária de 16 a 29 anos. No entanto, a maioria dos projetos realizados na região contempla outros públicos, prioritariamente crianças.
As alternativas de educação profissionalizante (Cursos do SENAC e do IFPE – Instituto Federal de Pernambuco) surgiram para contribuir no preenchimento das oportunidades de trabalho e renda oferecidos pelas empresas estabelecidas na região nos últimos anos.
A transformação econômica radical aconteceu com a implantação do Polo Industrial de Goiana, que inclui a indústria, farmacoquímica, vidreira e automotiva. A intensa transformação ocorre, principalmente, pela chegada da nova fábrica de automóveis da Fiat. É uma região de forte cultura canavieira, que teve nos últimos seis anos seu PIB elevado em 203%.
O projeto acontece em parceria com funcionários da empresa Arconic (por meio da Fundação Arconic) e o apoio da organização Ponto Cidadão e a empresa Itamaracá Transportes.

Divulgada a lista de selecionados para a Escola da Juventude
O projeto Escola da Juventude publica a lista dos jovens selecionadas/os para a segunda edição do projeto, que vai tratar do tema do Empreendedorismo com adolescentes da Região da Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Abaixo seguem instruções e os contatos para tirar dúvidas! Agradecemos a todas/os inscritas/os. Nosso sonho é, em próximas edições, poder contemplar a todas/os as/os interessadas/os.
Seguem as informações sobre os próximos passos:
Para entrar em contato escreva para: escoladajuventude@
O objetivo da Escola da Juventude é o de criar um ambiente propício para que jovens
- possam conhecer e aprofundar suas compreensões sobre suas comunidades e a complexidades das relações e questões que a permeiam;
- possam conhecer e discutir sua própria condição de jovem, o papel de cada um face ao seu próprio desenvolvimento e face ao desenvolvimento de suas comunidades;
- tenham espaços para descobrir e aprimorar suas capacidades e habilidades de liderança e de empreendedor, colocando-as a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade, e
- tenham oportunidades de se experimentarem e melhores condições de atuar, em suas próprias vidas, com a plenitude de seus potenciais.
- criem e desenvolvam seu projeto para atuar no mundo de forma empreendedora.
Sobre a região
De acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, a população da região da Mata Norte do Estado de Pernambuco conta com um total 30.635 jovens na faixa etária de 16 a 29 anos. No entanto, a maioria dos projetos realizados na região contempla outros públicos, prioritariamente crianças.
As alternativas de educação profissionalizante (Cursos do SENAC e do IFPE – Instituto Federal de Pernambuco) surgiram para contribuir no preenchimento das oportunidades de trabalho e renda oferecidos pelas empresas estabelecidas na região nos últimos anos.
A transformação econômica radical aconteceu com a implantação do Polo Industrial de Goiana, que inclui a indústria, farmacoquímica, vidreira e automotiva. A intensa transformação ocorre, principalmente, pela chegada da nova fábrica de automóveis da Fiat. É uma região de forte cultura canavieira, que teve nos últimos seis anos seu PIB elevado em 203%.
O projeto acontece em parceria com funcionários da empresa Arconic (por meio da Fundação Arconic) e o apoio da organização Ponto Cidadão e a empresa Itamaracá Transportes.

A ressignificação das práticas sociais
Juliana Cortez (1)
Meu interesse e minha atuação no campo social foram marcados por uma formação em empreendedorismo social que realizei, em 2001, em parceria com o Instituto Gaia. Começava o século XXI ao mesmo tempo em que o universo do campo social se revelava diante de mim. Empreendi iniciativas de formação para Juventude como o projeto Guardiões do Oceano e também comecei a buscar formações nas quais eu mesma pudesse me formar.
Comecei a carregar comigo um questionamento: Afinal como eu aprendo o que apreendo? Esse questionamento surgiu à medida que me percebia como educadora e facilitadora de pequenos grupos de adolescentes, ao mesmo tempo em que um sentimento de responsabilidade crescia em meu peito. Os modelos de aprendizagem formal haviam me ensinado a memorizar e a passar em provas e vestibulares, mas algo em mim dizia que memorizar não era aprender a pensar de fato.
Em 2002 uma colega, Mariana, que me auxiliou a desenhar a proposta pedagógica do Guardiões do Oceano, me introduziu um jeito novo de produzir e compartilhar conhecimento. Eu disse que queria saber mais, e ela me indicou para participar do Seminário de Pedagogia Social, no qual membros do Instituto Fonte também estavam presentes no grupo facilitador. Foi nessa imersão que entrei em contato com formas participativas de aprender: o conhecimento estava no grupo e não somente no facilitador/educador.
O Instituto Fonte tornava-se conhecido como uma instituição com grande capacidade de formar e influenciar atores e instituições do terceiro setor, que se encontrava em significativa expansão. Ele orbitava o meu campo de atuação e eu orbitava a prática social dele. Foram muitos os encontros: em livros e publicações, em formações, em congressos, em pessoas. Hoje eu não orbito tão somente, mas sou parte do Planeta Fonte como uma de suas consultoras associadas.
O campo social já não é o mesmo de outrora, mas se encontra mais preparado, mais consciente, e ao mesmo tempo, tem que aprender a lidar com incertezas de outra natureza, diferentes daquelas dos anos 2000. Estamos atualmente com os sentidos em alerta para entender o que o mundo pede de nós enquanto organização, enquanto consultores, facilitadores e empreendedores…
Que a trajetória dessa geração que ingressa no campo social possa contribuir com esse processo de ressignificação das iniciativas sociais, do campo social e, principalmente, de nossa própria prática como profissionais de desenvolvimento.
Este artigo integra o Relatório de Gestão 2015-2016, um importante instrumento de reflexão e aprendizagem do Instituto Fonte. Para ler outros textos ou baixar o relatório, clique aqui.
(1) Facilitadora de processos de aprendizagem e associada ao Instituto Fonte desde 2015. Desde 2002 atua em iniciativas e instituições sociais que militam pelas causas da juventude, educação e do meio ambiente nas áreas de formação, elaboração de projetos e mobilização de recursos. É idealizadora e gestora do Guardiões do Oceano, uma iniciativa de formação socioambiental para jovens que acontece há 10 anos em municípios do litoral de São Paulo. Também atuou como facilitadora na área de responsabilidade social de diversas empresas. Mestre em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo, com pós-graduação em Educação Ambiental pela mesma universidade e especializada em gestão do terceiro setor pela FGV. Se formou nos programas do Instituto Fonte, Artistas do Invisível e Aprimora e atualmente é mestranda no Programa “Reflective Social Practice” pela Proteus Initiative e Alanus University (Alemanha). Acredita que o processo é o lugar a se chegar. Contato: juliana@institutofonte.org.br

Troca de experiências dão o tom do primeiro encontro preparatório da Escola da Juventude
Diálogos como forma de trazer percepções e construir caminhos formativos. Essa foi a essência do primeiro encontro realizado pela Escola da Juventude, que aconteceu dia 07, em São Paulo, na sede do Instituto Fonte. O projeto, que está em sua segunda edição, vai tratar do tema do Empreendedorismo com adolescentes da Região da Zona da Mata Norte de Pernambuco.
Entre os convidados, estiveram presentes Regina Pfiffner, coordenadora do Programa Geração Empreendedora na Aliança Empreendedora, Guilherme Oliveira, do Instituto Coca-Cola, Júlia Câncio, do projeto Jovens em Ação, da ONG Acer Brasil e Juliana Cortez, apresentando o projeto Geração Coletivos.
Cada um compartilhou suas experiências em projetos com juventude. A idealizadora da Escola da Juventude, a consultora Helena Rondon, explicou a proposta de realizar uma troca inicial sobre práticas no campo do empreendedorismo juvenil, como forma de construir uma proposta que faça sentido dentro do contexto da região da Mata Norte. “Quando realizamos a primeira turma do projeto, ao final havia uma interrogação constante na fala dos jovens: como arrumo emprego? Como faço para inserir meu currículo no mercado? Como faço pra começar algo? E desenvolvemos um segundo momento para ajudar a desenvolver características empreendedoras”, reforçou.
Flora Lovato, consultora que integra a equipe de formação, explicou que o projeto procura desenvolver habilidades sociais, sobre a convivência e ação na comunidade, além de favorecer que o jovem compreenda aspectos de cidadania. De acordo com Flora, “a proposta é que tudo isso esteja intimamente relacionado com a realidade do jovem dessa região, que está vivenciando grandes mudanças locais com o desenvolvimento de um novo polo industrial”.
Regina Pfiffer abriu os debates, explicando a proposta da Aliança Empreendedora. “Procuramos um método que tem a ver com a juventude. São 24 horas de formação que trabalham questões sobre quem sou, o que sei e conheço, para tentar localizar uma ideia, às vezes, ainda muito inicial. Depois tem um momento de experimentação, que é o que de fato gera concretude para essa inspiração inicial”, enfatizou. Após compartilharem suas iniciativas, é iniciado um período de mentoria, capaz de auxiliar na realização do projeto.
O projeto Jovens em Ação teve uma proposta de empreendedorismo social e aconteceu em uma escola pública de Diadema. O objetivo não era gerar recursos, mas pensar como uma ação pensada pelos próprios jovens poderia auxiliar a comunidade escolar. Julia contextualizou que um dos destaques foi uma ação na qual o adolescente reuniu um grupo e articularam um processo de auxílio na aprendizagem dos alunos de séries anteriores. “Eles perceberam que era possível tentar reduzir a permanência dos estudantes nas aulas de reforço. E foi um super impacto na escola”. Outros exemplos foram desenvolvidos, como plantio de árvores por toda a localidade.
Já a ação do Instituto Coca-Cola, o Coletivo Jovem, tem um perfil mais focado na empregabilidade, além de uma dimensão de impacto (quantitativo) maior quando comparado com as outras iniciativas. Guilherme contou que as áreas de formação, atualmente, abrangem três trilhas formativas: na área do Marketing e vendas, Comunicação e Tecnologia (em parceria com o Google) e de Eventos. “Cerca de 80% do processo formativo trabalha com o que chamamos de habilidades para a vida e o jovem é responsável por desenvolver seu plano de vida e desenvolver suas habilidades pensando algo para a própria comunidade”. Nesse programa, os jovens ao final podem, a partir de seus interesses, concorrer a vagas oferecidas por outras empresas parceiras do projeto.
Para fechar a manhã, Juliana Cortez, consultora do Instituto Fonte apresentou a proposta do projeto Geração Coletivos. “Acho que temos um diferencial, no sentido de que direcionamos nossas ações para jovens que já são empreendedores sociais, para que possam refletir sobre sua iniciativa, inspirados na proposta metodológica do Instituto Fonte, só que agora, voltado para a juventude”.
As formações da Escola da Juventude vão acontecer em 2018 e as inscrições estão abertas no link abaixo até o dia 16 de novembro. Corra para não perder sua vaga!
Inscrições abertas neste link até dia 16/11/2017
Divulgação da seleção dia 20/11/2017
Para entrar em contato escreva para: escoladajuventude@
Querem conhecer mais sobre as instituições ou os projetos:
Aliança Empreendedora – Geração Empreendedora: http://aliancaempreendedora.org.br/
Acer Brasil – Projeto Jovens em Ação: http://www.acerbrasil.org.br/
Instituto Coca-Cola – Projeto Coletivo Jovem: https://www.cocacolabrasil.com.br/packages/coletivo-jovem-programa-cria-pontes-entre-jovens-e-mercado-de-trabalho
Instituto Fonte – Geração Coletivos: http://new.institutofonte.org.br/geracaocoletivosresultados/
O objetivo da Escola da Juventude é o de criar um ambiente propício para que jovens
- possam conhecer e aprofundar suas compreensões sobre suas comunidades e a complexidades das relações e questões que a permeiam;
- possam conhecer e discutir sua própria condição de jovem, o papel de cada um face ao seu próprio desenvolvimento e face ao desenvolvimento de suas comunidades;
- tenham espaços para descobrir e aprimorar suas capacidades e habilidades de liderança e de empreendedor, colocando-as a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade, e
- tenham oportunidades de se experimentarem e melhores condições de atuar, em suas próprias vidas, com a plenitude de seus potenciais.
- criem e desenvolvam seu projeto para atuar no mundo de forma empreendedora.
Sobre a região
De acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, a população da região da Mata Norte do Estado de Pernambuco conta com um total 30.635 jovens na faixa etária de 16 a 29 anos. No entanto, a maioria dos projetos realizados na região contempla outros públicos, prioritariamente crianças.
As alternativas de educação profissionalizante (Cursos do SENAC e do IFPE – Instituto Federal de Pernambuco) surgiram para contribuir no preenchimento das oportunidades de trabalho e renda oferecidos pelas empresas estabelecidas na região nos últimos anos.
A transformação econômica radical aconteceu com a implantação do Polo Industrial de Goiana, que inclui a indústria, farmacoquímica, vidreira e automotiva. A intensa transformação ocorre, principalmente, pela chegada da nova fábrica de automóveis da Fiat. É uma região de forte cultura canavieira, que teve nos últimos seis anos seu PIB elevado em 203%.
O projeto acontece em parceria com funcionários da empresa Arconic (por meio da Fundação Arconic) e o apoio da organização Ponto Cidadão e a empresa Itamaracá Transportes.

Simulados de resposta à emergência serão realizados em escolas municipais de Petrópolis
Exercícios práticos que imitam uma situação real visam preparar comunidades escolares para eventos adversos
Durante o mês de novembro, com a proximidade do período de chuvas, as dez escolas da rede municipal de ensino que participam do Projeto Fortalecendo a Resiliência se preparam para realização de simulados de resposta à emergência. Trata-se de exercícios práticos que imitam uma situação real em que a escola precisa responder a um evento crítico, como, por exemplo, uma inundação ou um incêndio nas instalações escolares. Os simulados serão conduzidos pelos Comitês de Segurança Escolar de cada unidade, que vêm se preparando ao longo do ano para este momento, e contarão com a participação do Núcleo Comunitário de Defesa Civil – Nudec local e da Secretaria Municipal de Defesa Civil e Ações Voluntárias.
Segundo Rodrigo D’Almeida, um dos coordenadores de campo do Fortalecendo a Resiliência, os simulados são a parte final do cronograma do Projeto, que teve início em 2016, e possibilitarão os participantes colocarem em prática o que aprenderam neste período. “O que vamos trabalhar nos simulados são uma forma de responder às ameaças apontadas nas matrizes de risco construídas pelos Comitês de Segurança Escolar. Depois de mapear os riscos na escola, os jovens estudantes, funcionários e familiares, que compõem os Comitês, elaboraram um plano de ação para fazer frente a esses cenários, cada um com uma pequena tarefa sob sua responsabilidade que, somadas, constituirão essa resposta coletiva. Saber o que fazer em situações como essas reduz o pânico, diminui incidentes encadenados e pode salvar muitas vidas”, explica Rodrigo.
Para Marcia de Palma, Subsecretária Municipal de Educação, a parceria com o Fortalecendo a Resiliência tem sido fundamental para contribuir com o aumento da capacidade de resposta escolar frente aos desastres. “O trabalho que vem sendo realizado pelo Projeto tem despertado e amadurecido as escolas participantes para a redução de risco de desastres no ambiente escolar, que é uma recomendação da Iniciativa Global para Escolas Seguras das Nações Unidas, além de influenciar toda comunidade em que está inserida. E realizar simulados nas escolas possibilita que os alunos, funcionários e familiares estejam melhor preparados para responder a uma situação de emergência” avalia Marcia.
O primeiro simulado vai acontecer na Escola Municipal Luiz Carlos Soares, no Morin, no dia 07/11, na parte da manhã. “Nesse dia a escola toda vai parar para vivenciar esse exercício prático final, reunindo o que foi aprendido e experimentado ao longo do ano com o projeto. Os nossos alunos, professores, funcionários, administração e familiares que formam o Comitê serão os protagonistas, orientando todos nós em como agir em uma situação de emergência. Fico muito satisfeita com o caminho trilhado por esse grupo, que é plural, interessado e colaborativo, requisitos, a meu ver, necessários para manter uma escola segura”, avalia Maria Augusta Almeida Duarte, diretora da E.M. Luiz Carlos Soares.
Além da participação de membros do Nudec local e da Secretaria Municipal de Defesa Civil, este simulado terá também contará com o apoio de voluntários do Instituto C&A, apoiador do Projeto Fortalecendo a Resiliência. No dia seguinte, 08/11, será a vez da E.M. Clemente Fernandes, na 24 de Maio, simular uma emergência. As outras oito escolas que fazem parte do Projeto farão seus simulados no decorrer do mês de novembro, em datas que estão sendo conciliadas com o calendário escolar.

Inscrições abertas para o curso Empreendedorismo Social da Escola da Juventude
Projeto vai selecionar 40 jovens da região da Mata do Norte de Pernambuco. As atividades estão previstas para acontecer de novembro/2017 a junho/2018
A região da Mata Norte do Estado de Pernambuco, em especial os municípios Igarassu, Itapissuma, Itamaracá e Goiana, são os locais escolhidos para o desenvolvimento de mais uma edição do Escola da Juventude.
O projeto se propõe a ser um espaço de formação para 40 jovens, na faixa etária de 16 a 29 anos e trabalha habilidades sociais, ajuda a desenvolver capacidades de liderança, protagonismo e empreendedorismo. Além disso, as formações procuram valorizar as potencialidades da juventude, como criatividade e idealismo, para favorecer um olhar empreendedor capaz de promover seu próprio desenvolvimento e da comunidade.
Nesta edição, a “Escola da Juventude – Curso de Empreendedorismo Social” abordará temas para cultivar, despertar ou impulsionar qualidades e habilidades empreendedoras capazes de influenciar e promover o desenvolvimento econômico inclusivo e sustentável. Esse segundo momento levou em consideração as necessidades e desafios levantados na primeira edição do curso.
A ideia consiste em estimular a participação cidadã e o empreendedorismo, a partir de abordagens comuns ao Instituto Fonte, como a descoberta do potencial de cada jovem e do fazer em grupo, com olhar sensível para o processo de desenvolvimento do contexto em que vivem.
Inscrições abertas neste link até dia 16/11/2017
Divulgação da seleção dia 20/11/2017
Para entrar em contato escreva para: escoladajuventude@
O objetivo do projeto é o de criar um ambiente propício para que jovens
- possam conhecer e aprofundar suas compreensões sobre suas comunidades e a complexidades das relações e questões que a permeiam;
- possam conhecer e discutir sua própria condição de jovem, o papel de cada um face ao seu próprio desenvolvimento e face ao desenvolvimento de suas comunidades;
- tenham espaços para descobrir e aprimorar suas capacidades e habilidades de liderança e de empreendedor, colocando-as a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade, e
- tenham oportunidades de se experimentarem e melhores condições de atuar, em suas próprias vidas, com a plenitude de seus potenciais.
- criem e desenvolvam seu projeto para atuar no mundo de forma empreendedora.
Sobre a região
De acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, a população da região da Mata Norte do Estado de Pernambuco conta com um total 30.635 jovens na faixa etária de 16 a 29 anos. No entanto, a maioria dos projetos realizados na região contempla outros públicos, prioritariamente crianças.
As alternativas de educação profissionalizante (Cursos do SENAC e do IFPE – Instituto Federal de Pernambuco) surgiram para contribuir no preenchimento das oportunidades de trabalho e renda oferecidos pelas empresas estabelecidas na região nos últimos anos.
A transformação econômica radical aconteceu com a implantação do Polo Industrial de Goiana, que inclui a indústria, farmacoquímica, vidreira e automotiva. A intensa transformação ocorre, principalmente, pela chegada da nova fábrica de automóveis da Fiat. É uma região de forte cultura canavieira, que teve nos últimos seis anos seu PIB elevado em 203%.
O projeto acontece em parceria com funcionários da empresa Arconic (por meio da Fundação Arconic) e o apoio da organização Ponto Cidadão e a empresa Itamaracá Transportes.