Geração Coletivos: tempo para refletir sobre transformações para o mundo

Dia 21 de outubro, o espaço Cita – Cantinho de Integração de Todas as Artes – acolheu um grupo de jovens para juntos compartilharem suas alegrias e inquietações diante das transformações que procuram para si, para seus empreendimentos e para o mundo.

Encontro Geração Cidadã propôs diferentes dinâmicas com o objetivo de favorecer a percepção sobre seus empreendimentos. Cerca de 20 participantes puderam explorar a noção de “sustentabilidade” para além dos pilares financeiros e de impacto, focando o pilar principal de sustentação das iniciativas: a/o empreendedor, a/o ativista.

Juliana Cortez, coordenadora e uma das idealizadoras do projeto ao lado de Ivy Moreira, conta que o Geração Coletivos tem como proposta reunir empreendedores socioculturais e negócios de impactos sociais das regiões periféricas da cidade de São Paulo. “O intuito é criar pontes, conexões, além de promover uma reflexão aprofundada sobre o que os diferencia e o que os une”, explica. 

Diferentes iniciativas, relacionadas a arquitetura periférica, brinquedos lúdicos, eventos culturais da periferia, vídeo, mobilização, arte, cultura e esportes, compuseram o grupo. As vivências trataram sobre «o cuidar de si», «do outro» e como é possível expandir esse cuidado aos sonhos, ideais e iniciativas nas quais participam os jovens. Juntos, foi possível revelar e debater algumas premissas que têm sustentado as iniciativas de transformação sociocultural nos dias de hoje, a partir das percepções dos próprios jovens, como:

“Quanto mais você acreditar no seu propósito, mais vai atrair uma rede que  te ajude a sustentar sua iniciativa.”

“É importante cultivar o modo ativista para manter a atenção e evitar cair no modelo automático e de tempos em tempos se distanciar, se descolar  da sua iniciativa,  questioná-la. Muitas vezes nós tornamos reféns do próprio sistema instalado que questionamos.”

“Há uma motivação de se manter no limiar da transformação social mesmo estando ciente de todos os dilemas e contradições que esse lugar desperta”.

“Há uma vontade profunda em fazer diferente e encontrar meios para fazer diferente”.

“Eu sou o ator principal de toda essa sustentação, e eu preciso ter espaços para me cuidar, preciso de espaços de respiros, de fortalecimento, de reconhecimento para seguir adiante”.

“Preciso prestar atenção no radicalismo de querer sair de uma caixa a qualquer custo e acabar caindo em outra caixa. O mais importante é criarmos uma teia de sustentação, mesmo que para isso eu estabeleça conexões com pessoas que não necessariamente pensem como eu”.

Haverá mais um encontro, também com formato semelhante. Mas é necessário ficar atenta/o para quando abrirem as inscrições, pois as vagas são limitadas a um grupo de até 20 participantes. O Projeto Geração Coletivos é uma realização do Instituto Fonte em parceria com o Instituto Geração. É coordenado por Juliana Cortez, com a colaboração de Ivy Moreira, Tati Piva e Luciana Leo.

Sobre o local: O espaço Cita é um centro de coletivos artísticos que reúne uma galera incrível de diferentes iniciativas que vale a pena conhecer. Fica na Rua Aroldo de Azevedo, 20 – Jardim Bom Refúgio.

Quer conversar com a gente, tirar dúvidas ou conhecer mais sobre o projeto, mande e-mail para: geracaocoletivos@gmail.com


Sobre o projeto Geração Coletivos:

O projeto Geração Coletivos (PGC) é um programa de fortalecimento de iniciativas e coletivos liderados por jovens entre 18 e 35 anos da cidade de São Paulo. Pretende criar espaços de diálogo e reflexão entre os participantes para a promoção do desenvolvimento pessoal e da sua iniciativa, fomentando a criação de uma rede que expanda e fortaleça o campo de atuação de tais coletivos.
Atua por meio de uma abordagem fundamentada no desenvolvimento de habilidades sociais, bem como da prática da observação, possibilitando ao participante realizar leituras de processos contextualizadas e aprofundadas ao mesmo tempo que se desenvolve como agente de transformação social.