Confira alguns depoimentos sobre o Profides
Que tal conhecer um pouco mais sobre o Profides a partir dos depoimentos de alguns de seus participantes?
Que tal conhecer um pouco mais sobre o Profides a partir dos depoimentos de alguns de seus participantes?
No último dia 27/04, realizamos a oficina aberta #esquentaprofides2021 e apresentamos um pouco sobre a metodologia que será utilizada durante o programa.
Para você que não pode participar, assista agora e saiba mais sobre a edição de 2021 do Profides: Desenvolvimento como Profissão.
As inscrições seguem abertas. É só CLICAR AQUI!
As inscrições para o Profides estão abertas. E, neste período, é muito comum as pessoas terem dúvidas sobre o programa e sua proposta de aprendizagem.
Por isso, vamos realizar um #esquentaprofides, uma oportunidade de entender um pouco sobre a prática social reflexiva e a metodologia deste curso.
Na próxima terça-feira (27/04), das 15h às 18h, vamos praticar, tirar dúvidas e apresentar a edição 2021. E será uma alegria ter você conosco!
MAS LEMBRE-SE, É NECESSÁRIO FAZER SUA INSCRIÇÃO CLICANDO AQUI!
Veja o convite da consultora e facilitadora Flora Lovato e aproveite para conhecer a proposta e a metodologia deste curso.
É só acessar: https://us02web.zoom.us/j/7130258961
Pode uma prática que coloca a observação em primeiro plano, ter um papel de cura no mundo?
Deixamos aqui uma valiosa indicação do Instituto Fonte, um convite para a prática da resiliência, que nasce da colaboração entre Proteus Initiative e Ecosocial, para aqueles que foram tocadas/os pela palestra de Allan Kaplan dada nas “Gotas Antroposóficas”.
Incluímos aqui o material de divulgação, que pode ser acessado CLICANDO AQUI , e contém informações sobre o objetivo, o processo, período e ciclo de aprendizagem, investimento e outras informações.
Mas atenção, as inscrições respeitarão a ordem de chegada e deverão ser feitas até o dia 05 de março de 2021, com José Carlos, pelo telefone/WhatsApp (11) 98999-2705 ou pelo e-mail josecarlos@ecosocial.com.br
Reproduzimos a reportagem de Priscila dos Anjos, para o site Notícias da Educação, do Itaú Social, que contou com a participação da consultora Flora Lovato e a formação realizada pelo Instituto Fonte sobre governança e gestão compartilhada para o Moinho Cultural (MS), pelo programa Missão em Foco.
Crédito: Notícias da Educação/Itau Social. Por Priscila dos Anjos, Rede Galápagos, Florianópolis (SC).
Publicada em: https://www.itausocial.org.br/noticias/o-potencial-educativo-do-territorio/
Em 2020, Paula Madeira, moradora do bairro Monte Cristo, em Florianópolis (SC), começou a fazer as compras do mês no Mercado da Família, localizado bem próximo de onde mora. Até então a mãe de Levi Madeira, de três anos, não costumava comprar arroz, feijão e carne nas mercearias do bairro. Isso mudou quando ela foi contemplada pelo projeto Caderneta Social, promovido pelo Centro de Educação Popular (CEDEP). No início da pandemia a empregada doméstica foi suspensa do trabalho e enfrentou um significativo corte salarial. Foi com o auxílio do recurso emergencial do Itaú Social que o CEDEP conseguiu complementar a renda de Paula Madeira e de outras 300 famílias, por meio de uma articulação com os comerciantes locais para a promoção de uma prática de compra que já era bem conhecida na comunidade: a de anotação dos itens comprados em uma caderneta. Uma vez implantada, a operação é relativamente simples. O CEDEP selecionou seis estabelecimentos na comunidade. Cada um deles forneceu mantimentos a 50 famílias, que compravam com caderneta em um estabelecimento cadastrado. A conta era paga pela OSC diretamente aos comerciantes.
A ação, que procurou garantir a segurança alimentar das famílias atendidas e fortalecer os pequenos comerciantes do bairro, se deu a partir do reconhecimento, pela equipe do CEDEP, da necessidade de fomentar o desenvolvimento da comunidade onde se localiza a sede.
A formação é um dos eixos estratégicos do programa Missão em Foco, do Itaú Social, e aborda vários aspectos que contribuem para o desenvolvimento de organizações da sociedade civil (OSCs). (Leia mais em Moinho Cultural constrói gestão horizontal.) Segundo o coordenador de projetos do CEDEP, Cayo Pedroso, essa perspectiva de ação junto à comunidade foi construída no processo de revisão do Projeto Político-Pedagógico (PPP), realizada entre os meses de março e agosto, pelos 35 gestores, técnicos e educadores da OSC. Desenvolvida como parte do programa Missão em Foco, a revisão do PPP contou com o apoio da assessoria técnica Cidade Escola Aprendiz, com sede em São Paulo. “Quando fomos selecionados para receber a verba emergencial, começamos a pensar em um projeto que trouxesse uma perspectiva de fomento do desenvolvimento territorial, pois era uma temática que vínhamos discutindo durante a revisão do PPP”, relata Pedroso.
Olhar o contexto, ampliar a visão
A identificação de potencialidades educativas de um território, como o Monte Cristo, é uma prática necessária para fortalecer o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. Para a jornalista Raiana Ribeiro, coordenadora de Programas da Cidade Escola Aprendiz, o desenvolvimento integral dos sujeitos está diretamente associado ao fomento das práticas e modos de vida no território onde residem as famílias atendidas pelas organizações da sociedade civil.
Raiana destaca que é preciso ampliar o trabalho das instituições por meio da articulação de ações em rede nos territórios, para que as transformações ocorram não somente entre os portões das OSCs, mas também no entorno. “Durante a revisão do PPP, impulsionamos a equipe do CEDEP a identificar os potenciais educativos no território. Fomos em busca dos saberes produzidos no entorno”, explica. “Assim é possível promover um processo que impacte o território e garanta o desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens que são atendidos na organização.”
Lia Salomão, assessora técnica da Cidade Escola Aprendiz, lembra que a noção de território educativo é um dos fundamentos para a promoção da educação integral. “A revisão de um projeto político-pedagógico, alinhada com os conceitos de desenvolvimento integral, precisa sempre fazer um movimento de ampliação da visão sobre os sujeitos atendidos nos projetos”, observa. “É preciso contextualizar o educando em seu território, para assim construir processos de aprendizagem que sejam significativos”.
Datado de 2006, o projeto político-pedagógico do CEDEP já não contemplava, totalmente, as atividades realizadas pela instituição. Ao longo dos anos, os educadores identificaram a necessidade de uma atualização no documento, mas foi somente após a adesão ao programa Missão em Foco, que puderam efetivamente parar, tomar fôlego e priorizar as necessidades para a atualização do PPP.
“Estou há 15 anos no CEDEP e acompanhei o crescimento da instituição. A partir de 2006, começamos a desenvolver atividades educativas, culturais e esportivas, com as crianças e adolescentes, no âmbito do Projeto Oficinas do Saber, mas atualmente, com a ampliação de parcerias e recursos, já estamos atuando em outros cinco projetos. Apesar do bom andamento das atividades, era preciso dar um passo atrás e questionar se esses programas faziam sentido dentro de uma proposta pedagógica. Para essa revisão sabíamos que era necessária uma assessoria técnica e qualificada, como a Cidade Escola Aprendiz”, relata a coordenadora-geral do CEDEP, Maria Marlene da Silva.
Etapas de revisão de um projeto político-pedagógico
Na primeira etapa da revisão, as facilitadoras tiveram acesso aos documentos já produzidos pelo CEDEP, como o PPP, as fichas de matrículas dos educandos e informações coletadas das famílias atendidas pela organização. A partir da leitura crítica dos documentos, iniciou-se uma série de entrevistas com 12 membros da equipe, que possuem funções distintas dentro da instituição.
Depois, foi produzido e compartilhado um diagnóstico que procurou identificar as necessidades latentes da organização. Verificou-se que os educadores e técnicos do CEDEP tinham a intenção de potencializar as atividades de fomento do território e desenvolver os processos de tomada de decisão internos de forma mais democrática e participativa.
Com base na validação dessas intenções com a equipe do CEDEP, teve início a etapa formativa. Os gestores foram divididos em três comissões de trabalho: mapeamento, práticas pedagógicas e sistematização. A comissão de mapeamento realizou uma ampla pesquisa sobre o território e as condições de vida das crianças, adolescentes e jovens atendidos pelo CEDEP. Já a de práticas pedagógicas procurou reunir os princípios que pautam as ações do CEDEP e elaborar propostas pedagógicas que pudessem impulsionar as atividades da organização. A comissão de sistematização ficou responsável por estudar os marcos legais que ancoram o projeto e sistematizar a produção textual das comissões de mapeamento e práticas pedagógicas. Concomitantemente a essa etapa, foram realizados sete grandes encontros remotos, com toda a equipe, para compartilhar as informações coletadas e analisadas dentro das comissões.
Nesse processo de reformulação do PPP, a equipe do CEDEP organizou os projetos já existentes em dois grandes programas. O Semeando Conhecimento, que reúne os três projetos que exercem o desenvolvimento educacional das crianças, adolescentes e jovens atendidos no contraturno da escola: Oficinas do Saber, Projeto Fênix e Avançar. E o Cultivando Comunidade, um programa que visa identificar as demandas da comunidade localizada no entorno, a fim de tornar o CEDEP um espaço de acolhimento e referência do bairro Monte Cristo. Os projetos realizados dentro dessa proposta são o Movimentar e o Mulheres Empreendedoras.
O coordenador de projetos do CEDEP, Cayo Pedroso, avalia que o processo de revisão do PPP não só atualizou um documento essencial para o cotidiano da organização, como também cultivou uma nova cultura de trabalho pautada na apropriação da equipe sobre a missão, visão e valores do CEDEP. “A revisão do PPP consolidou os papéis de cada educador e técnico do projeto. Faz total diferença ter uma equipe que tem clareza a respeito do que a instituição faz, que entende para onde a instituição está caminhando e como é possível contribuir”, diz Pedroso. “Essa revisão foi potente, positiva e muito transformadora. É incrível perceber quanto eu e os educadores nos apropriamos da instituição.”
Construção de gestão participativa
Identificada como uma das preocupações mais latentes para a equipe gestora do CEDEP, a descentralização das tomadas de decisão na entidade está sendo superada após a revisão do projeto político-pedagógico. Uma cultura mais participativa começou a ser semeada a partir do processo de reestruturação do PPP. A metodologia experienciada pela equipe foi pensada para que se garantissem espaços seguros de fala e de acolhimento das diferenças.
“Foi muito importante que durante esse processo eles pudessem experimentar de fato o que é construir coletivamente, assim como compreender os ganhos e as dificuldades da ampliação da participação. E entender como uma gestão mais democrática e participativa só poderia contribuir para fortalecer essa instituição”, explica a assessora Lia Salomão.
Moinho Cultural constrói gestão horizontal: A experiência de incluir mais os educadores e gestores nos debates e decisões
A descentralização das tomadas de decisão também foi uma experiência vivida pela equipe do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, organização da sociedade civil (OSC) que promove o aprendizado de atividades artísticas de crianças e adolescentes em Corumbá (MS) e arredores. Por meio do programa Missão em Foco, o Moinho Cultural foi contemplado com um processo formativo em governança, entre novembro de 2019 e setembro de 2020. A formação teve como facilitadora a consultora Flora Lovato, do Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social.
De acordo com Flora, muitas organizações enfrentam entraves quanto à participação de suas equipes nos processos de decisão. Para superar a centralização na gestão de organizações é necessário que sejam criadas, pelas lideranças, condições propícias para a contribuição dos educadores e gestores. “Muitas vezes, apesar de bem-intencionadas, as lideranças assumem muitos papéis nas instituições, deixando então de criar condições para que outras pessoas se envolvam na organização”, afirma.
No processo de formação em governança, em que esteve como assessora, Flora procurou auxiliar os gestores no desenvolvimento de capacidades perante suas diferentes responsabilidades dentro do Moinho Cultural. Após realizar entrevistas com o núcleo gestor e os cinco conselheiros do Instituto, promoveu diálogos conjuntos, nos quais os participantes puderam analisar as potencialidades de trabalho que emergiram nas entrevistas, para então decidirem os encaminhamentos necessários.
“Foi um processo voltado ao desenvolvimento das diferentes esferas de governança da organização. O trabalho foi o de auxiliar no desenvolvimento das capacidades dos conselheiros e do núcleo gestor, impulsionando-os a fazer a gestão da organização de forma que um complemente o outro, sempre a partir das diferentes responsabilidades que cada instância deve ter”, explica.
A fundadora e diretora executiva do Moinho, Marcia Raquel Rolon, avalia que a formação em governança produziu uma gerência mais participativa dos gestores e conselheiros. “Eu havia identificado que não queria um conselho que só concordasse com as minhas ideias e decisões. Eu queria que eles discordassem também, mas não sabia como empoderá-los para que pudessem questionar e propor outras soluções. O trabalho com a assessoria proporcionou exatamente essa mudança de postura. Atualmente, a nossa governança está totalmente horizontal. O Moinho Cultural não é só o pensamento da Marcia. Hoje, eu não consigo tomar uma decisão sem consultar o conselho”, relata.
A nova experiência de gestão do Instituto Moinho Cultural ampliou os espaços de debate e tomada de decisão. A partir da formação em governança foi criado um grupo cogestor constituído por familiares das crianças e adolescentes atendidos pela organização. Neste ano, a gestão do Moinho Cultural se prepara para continuar as mudanças estruturais no projeto, e os gestores e conselheiros vão reformular o estatuto da instituição.
Resolvemos contar um pouco da história deste programa que inaugura, no Brasil, a prática social reflexiva voltada para profissionais que atuam no campo do desenvolvimento social
O nome surge de uma brincadeira. “Sempre que havia a necessidade de se hospedar em um hotel, ninguém sabia ao certo como preencher o item “profissão” na ficha de check-in. Cada um colocava uma descrição e nenhuma delas representava o que de fato se viam fazendo no campo social”, explica Saritta Falcão Britto, consultora do Instituto Fonte que vai nos contar um pouco da história do Profides – Profissão Desenvolvimento.
Também tinha a ver com a dificuldade em traduzir adequadamente o termo practitioner para o português, que literalmente é um prático ou praticante. E a palavra profissional não era uma tradução adequada, porque esse termo parecia muito vinculado à forma das empresas chamarem as pessoas de suas equipes, algo que o programa não queria reforçar”, lembra a facilitadora. “Enfim, o que fizemos? Profissão: Desenvolvimento”.
Assim surge o nome Profides, programa de formação que influenciaria profundamente toda a trajetória do Instituto Fonte. Após mais de 15 anos da primeira versão, sua XI edição presencial foi cancelada devido à política de isolamento social provocada pela Covid-19 e nasceu a primeira edição com um formato voltado para o mundo virtual.
Durante esse período, aproveitamos para conversar com Saritta Falcão Britto, que também é uma das responsáveis por sistematizar a trajetória do programa, junto com outras duas consultoras, Márcia Thomazinho e Martina Otero.
Saritta é formada em administração de empresas pela Universidade Estadual de Pernambuco e iniciou sua trajetória no campo social como voluntária no Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, organização que surgiu de um programa da Fundação Kellogg, junto com outras quatro ou cinco no Brasil voltadas para atuar com o fomento do Investimento Social Privado. Cursou a segunda turma do Profides, em 2006.
Para além de contar sobre, Saritta contextualizou a influência do programa em sua própria atuação profissional. E tudo isso se tornou uma mistura interessante, que você lerá adiante em mais uma das entrevistas da série #fonte20anos (que esperou a edição 2020 ser cuidadosamente planejada para ir ao ar).
Boa leitura!
O debate em torno das políticas neo-liberais, redução do papel do Estado e a privatização de produtos e serviços de setores básicos intensificou no Brasil, ainda nos anos de 1990, um movimento em torno do fortalecimento de ações de Investimento Social Privado. O objetivo era fomentar uma nova cultura empresarial em sua forma de investir em ações sociais.
Este movimento reforçou aspectos já trazidos com as agências internacionais de cooperação para as organizações sociais, voltados para controle dos processos, metrificação, acompanhamento de resultados, o planejamento estratégico e seu monitoramento. Para as organizações sociais, essas demandas mais tecnicistas representaram bem mais do que a criação de planilhas e procedimentos. O que quero dizer com isso?
No campo social, quando construímos um projeto, não almejamos a criação de um produto, de um serviço. Antes de tudo, falamos sobre a transformação social que queremos, seja na esfera comunitária, na educação, na cultura. O campo social tem outra natureza de atuação, de intervenção, de transformação, de mudança e de indicadores. Um conjunto de elementos técnicos e empresariais, simplesmente exportados para o mundo das iniciativas sociais acirrou a criação de organizações com muita capacidade técnica, nas quais as transformações centrais passaram a ocupar lugares secundários.
Qual seria a abordagem capaz de valorizar esse algo da natureza da ação social, sem deixar de lado o que se apresentava cada vez mais forte e necessário, relacionado à profissionalização das organizações?
O Instituto Fonte, que já atuava com aspectos da gestão de organizações do terceiro setor, percebeu a necessidade de criar um espaço de formação para debater e enfrentar essas questões. Assim, começa a elaborar um processo de formação voltado para as pessoas, líderes que trabalham com desenvolvimento social, com uma abordagem no campo da gestão capaz de transcender o aspecto tecnicista, da ferramenta em si.
Marina Magalhães, minha companheira na coordenação da oitava edição e então consultora associada ao Fonte, participa de um curso de facilitação de processos com Allan Kaplan, na África do Sul, sobre empoderamento dos indivíduos para uma leitura de contexto e se aprofunda no conteúdo do livro The development practitioners’ handbook. Ao lado de Antônio Luiz de Paula e Silva, também consultor, passam a idealizar a proposta inicial do que viria a ser o Profides. Tião Guerra torna-se um terceiro fundador, quando convidado para co-facilitar os módulos na condução das atividades musicais e artísticas, ampliando a linguagem e a abordagem de aprendizagem do programa.
A primeira edição foi financiada pelo Grupo Pinheiro, na forma de bolsas para os participantes. Mas foram muito importantes os recursos provindos da Cordaid, uma organização holandesa, que na época financiou as viagens de Allan ao Brasil e de profissionais do Fonte para a África do Sul. Esse intercâmbio foi o grande definidor do desenho inicial do programa. O Instituto Fonte manteve esse formato de bolsas parciais até a oitava edição.
Linha do tempo do Profides:
Profides – Profissão: Desenvolvimento é um programa voltado para a/o profissional que atua com situações de desenvolvimento social, sejam gestoras/es de projetos ou programas, de organizações sociais, em órgãos públicos, empresas, fundações, institutos.
Seu objetivo é oferecer uma abordagem, menos ferramental e tecnicista, sobre como lidar com situações complexas, vivas, em movimento constante embora, às vezes, imperceptível. Ele atua no desenvolvimento de faculdades e habilidades pessoais capazes de favorecer a leitura dos contextos e cenários no campo de atuação do participante.
O programa procura desenvolver uma visão sistêmica, holística e orgânica da gestão. Trata da necessidade de entendermos que o fato codificado, metrificado é importante e que decodificá-lo exige outras capacidades internas de leitura de processo, de escuta, de reconhecimento de padrões, de percepções de relações.
O programa traz um conjunto de atividades para seus participantes desenvolverem estas “outras capacidades”. Um bom exemplo para visualizarmos o que estou explicando é aquela imagem clássica do iceberg, na qual o que está visível é uma parte muito menor do que tudo aquilo que está abaixo da água. Com as organizações e os processos sociais tendemos a olhar da mesma forma e consideramos apenas a parte visível do iceberg.
E como fazer para decifrar, acessar e compreender melhor o que está invisível naquela situação? O programa entende que essas habilidades devem ser trabalhadas no âmbito dos indivíduos que integram as organizações. O Profides desenvolve uma nova maneira de lidar com processos, a partir da premissa de que lidamos, para além de situações controláveis, objetivas, práticas, quantitativas, com aspectos invisíveis e que isso tudo emerge no ambiente da organização.
Eu atribuo ao Instituto Fonte esse pioneirismo de apresentar no Brasil essa abordagem, alicerçada no método cognitivo de J.W. Goethe, a fenomenologia. Até aquele momento, não havia qualquer referência sobre um curso com esse tipo de abordagem específica para profissionais do campo social.
O diferencial construído está no fato de olhar para o conhecimento que o Instituto Fonte tem do campo social e das organizações, misturar isso com um lugar de conhecimento diverso e amplo, relacionado à prática social reflexiva e todo o intercâmbio de conhecimento realizado com Allan Kaplan. O programa foi organizado em cinco módulos, com temas intercalados, e trata desde o que é desenvolvimento, como ocorre a mudança, como fazer leitura e intervir em processos de desenvolvimento e, por fim, como é possível se manter nessa prática.
Um parênteses para falar da Fenomenologia, a principal abordagem que nos conduz*
O delicado empirismo de Goethe é uma ciência da vida em todas as suas formas. Para obter uma compreensão completa da vida, o método de Goethe exige que o cientista respeite e atenda a vida. Eu argumento que, para alcançar esse objetivo, é preciso se tornar um aprendiz para a vida. Tornar-se um aprendiz para a vida exige que se recuse a comer o outro. Isso implica que o método de Goethe pode ser empregado com sucesso por qualquer pessoa que busque justiça social. Bill Bywater
Para respeitar e atender à vida. Goethe olhava tudo como verbo – ou seja, como atividade – e em constante transformação: do girino ao sapo, do feto ao corpo humano plenamente desenvolvido, da semente à árvore. Percebia a vida sempre em interconexão e constante metamorfose. Fazia isso com rigor científico, para atender aos mais elevados padrões de ciência de sua época, muitos deles em vigor até hoje.
Cunhou o termo Morfologia (o estudo da forma) para designar sua ciência – e como Bill Bywater adianta, também a chamou de “delicado empirismo”. Anos mais tarde, ela passou a ser chamada de Fenomenologia (Goetheana para diferenciá-la das demais vertentes da fenomenologia).
Aplicada ao mundo social, político, cultural, econômico, essa ciência está no centro do Profides, como abordagem metodológica e como um convite a um ‘estilo de viVER a vida’. Ela nos lembra de tomar todos os campos sociais como fenômenos singulares, vivos, orgânicos e também em constante transformação.
Essa habilidade de se relacionar com os fenômenos como ‘coisa’ viva, transborda em nossa prática profissional, em nossas relações interpessoais, em nossa vida pessoal íntima de formas surpreendentes, trazendo genuinidade, prazer e realização ao nosso fazer. Sendo assim, o Profides se apresenta como promotor de uma prática que não se esgota na ferramenta, no instrumento, na técnica; portador de altíssimo rigor e sabor, ele atua em nosso comportamento.
Diferentes capacidades de percepção, observação, imaginação e intuição são necessárias para compreender tais fenômenos, multifacetados no exterior e diversificados no seu interior.
A razão pela qual as coisas se apresentam diante de nós de maneira tão enigmática é que não participamos de seu vir-a-ser. Simplesmente as encontramos. Quanto ao pensar, no entanto, sabemos de onde vem. Por isto, não existe um ponto de partida mais fundamental para a compreensão do mundo que o pensar. Rudolf Steiner
Como desenvolver essa habilidade de ver a vida sem ter que dissecá-la? Como compreender um indivíduo, um grupo, uma comunidade, uma organização, uma empresa, como um todo ao invés de percebê-los como divididos em partes? Uma nova forma de praticar o pensamento nos é requerida e é em busca de aprimorá-las que o Profides trabalha.
* trecho retirado do material explicativo do programa. Allan Kaplan e Sue Davidoff, da Proteus Initiative (África do Sul), são precursores da Pratica Social Reflexiva no mundo.
O Profides inspira outros processos de aprendizagem e experimentação do próprio Instituto Fonte. Os exercícios e práticas que desenvolvemos com as organizações em planejamento estratégico, avaliação, facilitação têm a mesma base metodológica. Isso nos confere uma abordagem bastante específica (que pode ser aprofundada na entrevista Facilitação: a arte de intervir em organismos sociais vivos ).
Outros exemplos de extensão dessa prática é o Aristides, um encontro bianual de trocas entre participantes dos programas do Fonte, o Artistas do Invisível; o Programa Aprimora, e algumas oficinas que passam a fazer parte das nossas práticas, como o Ativismo Delicado. Todos acabam se constituindo como um conjunto de iniciativas capazes de aprofundar essa abordagem aqui no Brasil. Vale ressaltar que a experiência de intercâmbio permanente com Allan teve o Profides como primeiro expoente, mas inspirou o Artistas do Invisível anos depois.
Temos relatos de programas de formação em outras organizações, inspirados no Profides, como o Lidera (formação para empresários), o Geração (focado na formação de novas gerações da elite econômica do Brasil) e o surgimento e atuação do Grupo Recife de Aprendizagem, do qual sou parte com outros 12 participantes da segunda edição, é outro importante expoente de iniciativas surgidas a partir do Profides. Com a motivação de aprofundar e mergulhar no estudo dessa abordagem o grupo fundou, com a Escola Proteus, a primeira Pós-graduação em Prática Social Reflexiva, no Brasil.
Nosso país é um grande expoente da prática social reflexiva em toda a América Latina, e o Profides foi e é uma janela ou porta de entrada. Fortalecer as diferentes iniciativas que têm sido criadas e pautadas por essa abordagem, seus atores, é algo que nos sentimos chamadas e responsáveis. Nos três encontros do Aristides, procuramos co-criar com a rede de praticantes um espaço de troca, de prática e presença. Participar dos chamados promovidos por esses multiplicadores também tem sido uma das maneiras que encontramos de apoiar e nos manter nesse lugar de troca.
Outro ponto de reflexão é o formato e o desafio das pessoas em mergulharem nesse processo de um ano de encontros imersivos de quatro dias, distantes dos centros urbanos. Precisamos avançar na criação de um formato que por um lado desonere o programa, mas ao mesmo tempo facilite a participação e ajude as pessoas a se aproximarem dessa abordagem. Diante do caos instalado por este desgoverno do Brasil e agravado pela pandemia, estamos dedicadas a criar uma nova morfologia para o Profides. O que podemos fazer para levar o programa às pessoas que mesmo isoladas socialmente buscam um espaço para refletirem juntas sobre o que estão vivendo? Que querem ver o fluxo da vida que pulsa nos seus processos e de suas organizações? Que estão determinadas a deixar morrer um fazer social mecanizado para integrar na sua prática diálogos entre técnica e arte; resistência e delicadeza; autenticidade e repetição; método e presença?
Sobre o futuro do programa, tivemos que suspender uma XI Edição que estava para acontecer no Sudeste e os movimentos de uma edição Nordeste. No entanto, criamos o Profides 2020: o fazer essencial, com um formato virtual e que está com suas inscrições abertas. Saiba mais aqui!
No campo da formação de empresas, a gente tem uma visão muito tecnicista, voltada para resultados. Posicionamento de produtos, serviços, marcas, métodos e processos, como organizar e controlar procedimentos, cuidar da qualidade, das vendas, etc. Durante a minha formação, era algo que me deixava bastante desconfortável, porque eu tenho uma pegada mais humanista, gosto de gente.
Além de trazer um novo olhar para a organização e para os fatos a partir do que é objetivo, quantitativo, com capacidade de ser descrito e observável, esse método que o Profides propõe uma visão sobre o que não está sob controle nas organizações, do que é possível, no máximo, se antecipar ao compreender melhor como as coisas chegaram aqui, o que se repete, o que tende a acontecer de novo. Ele traz para mim um todo muito maior e mais complexo, algo que que tem a ver com a minha capacidade, enquanto indivíduo, e não é de técnica, não é de ferramental, é de ter habilidade de fazer essas conexões, essas relações e perceber o que não é tão objetivo a partir do objetivo.
Quando assumi a Área de Desenvolvimento Institucional do Instituto de Cidadania Empresarial, com a realização de algumas edições do Programa Lidera, passamos a perceber que as mudanças na postura e no compromisso da empresa estavam relacionados com a mudança de comportamento da liderança. E a inspiração do Lidera veio do Profides, é esse tipo de mudança que programa provoca na gente.
Baixe aqui o PDF do programa: Profides 2020: O fazer essencial
E, em caso de dúvidas, entre em contato com: contato@institutofonte.org.br
E assista ao vídeo de lançamento para ter um gostinho do que vem pela frente!
Cá estamos. 2020. Vivendo um momento que ninguém poderia prever e que evidencia todas as nossas escolhas – enquanto indivíduos e sociedade. Um momento que nos desafia e carrega um chamado. Cada um de nós tem uma atuação – um fazer, uma prática – no mundo. São essas práticas que fazem o mundo tal qual ele é. Então: qual tem sido nosso fazer? Se compreender o que nossa prática gera no mundo sempre foi importante, nesse momento é essencial. Esse programa é sobre isso.
E é também mais. É comum que nossa prática profissional esteja intimamente vinculada a um modo gerencial de atuar – tendemos a controlar mais que lidar com a complexidade. Em um momento como esse, há um risco ainda maior de nossa prática adormecer nesse controle, tanto pela incerteza que nos ronda, quanto pela distância – inclusive física – que temos do mundo. Esse programa nos convida a acordar – a observar, a refletir, a conversar – e a desenvolver e fortalecer habilidades inspiradas na inteligência da natureza, daquilo que é vivo. Convida a estudar como acontecem as mudanças, do que se trata desenvolvimento. Algo que nos fortalece no hoje e também para o futuro. Nesse sentido, ao mesmo tempo que esta edição nasce do contexto que estamos vivendo, ela não se resume a isso.
UMA EDIÇÃO VIRTUAL
O Profides é um programa inovador, de formação continuada, dedicado a pessoas interessadas em buscar – e também construir colaborativamente – a arte da intervenção social a partir de uma perspectiva mais humana e orgânica. Vem sendo realizado há 16 anos pelo Instituto Fonte e todas suas dez edições foram presenciais, cada uma com cinco módulos imersivos.
Esta edição foi especialmente desenvolvida para o contexto virtual. Acontecerá em três meses, de agosto a outubro, por meio de encontros on-line que somam até cinco (5) horas semanais, via plataforma ZOOM. Conscientes do risco de ficarmos muito tempo em imersão na virtualidade, os momentos virtuais serão de trocas entre participantes e facilitadores, e convidarão as pessoas a atividades não-virtuais – como a escrita e a observação – mesmo durante o tempo de conexão.
É desejável que sejam reservadas pelo menos oito (8) horas semanais para as atividades, incluindo os encontros virtuais e as práticas de observação, estudos, reflexão, composição de textos e outros.
ESTRUTURA
Serão desenvolvidos três (3) ciclos de um mês cada, com atividades individuais, momentos em grupos para aprofundar conteúdos específicos e plenárias de trocas e reflexões coletivas. Cada ciclo tem um eixo principal a ser investigado, experimentado e praticado.
1o ciclo: Compreensão de processos vivos e desenvolvimento
Neste primeiro ciclo, desejamos: acordar e praticar nossa capacidade de prestar atenção por meio da observação ativa, da descrição e conexão com o processo de vir-a-ser daquilo que é vivo; acessar leis do desenvolvimento a partir da própria experiência e; conectar-se com movimentos em processos vivos: no humano, na natureza, nas organizações.
2o ciclo: Como acontecem e como ler processos de mudança
No segundo ciclo, desejamos: possibilitar intimidade com o que muda em si próprio e ao seu redor, aprofundando a reflexão de como a mudança acontece; perceber movimentos e ritmos em si e fora de si, nas organizações e na sociedade e; prestar atenção e criar capacidades de ver as forças presentes nos processos de mudança e desenvolvimento: tensões, resistências, impulsionamentos e polaridades, entre outros
3o ciclo: Observação e auto-observação como prática
No terceiro ciclo, desejamos: compreender e praticar a habilidade de observação e leitura de processos, dessa vez, incluindo nossa própria atuação como um fenômeno a ser observado e; exercitar a auto-observação e os espaços reflexivos, individuais e de grupo, como uma maneira consciente de estar no mundo.
A PRÁTICA SOCIAL REFLEXIVA
A prática social reflexiva é uma abordagem de compreensão da transformação social inspirada pelo pensamento científico de Goethe, que se baseia na inteligência dos organismos vivos.
Goethe olhava tudo como verbo – ou seja, como atividade – e em constante transformação: do girino ao sapo, do feto ao corpo humano plenamente desenvolvido, da semente à árvore. Percebia a vida sempre em interconexão e constante metamorfose.
Essa habilidade de se relacionar com os fenômenos como ‘coisa’ viva, transborda da prática profissional para nossa vida, tornando-se uma prática que não se esgota na ferramenta, no instrumento, na técnica; mas que atua em todo nosso comportamento.
Allan Kaplan e Sue Davidoff, da Proteus Initiative (África do Sul), são precursores da Pratica Social Reflexiva no mundo. Em 2002, o Instituto Fonte foi pioneiro em trazer essa abordagem para o Brasil e o Profides tem sido um programa no qual esta abordagem é levada a diferentes regiões do país.
Esta forma de entender o mundo está no centro do Profides, como abordagem metodológica e como um convite a um ‘estilo de viVER a vida’ que lembra de tomar todos os campos sociais como fenômenos singulares, vivos, orgânicos e também em constante transformação.
RELAÇÃO FINANCEIRA
A pergunta que “deveria” estar respondida nesta sessão é: quanto esse programa custa para cada participante? No entanto escolhemos nos fazer outra pergunta: como construir a sustentação financeira deste programa, considerando as diferenças econômicas e sociais de cada participante?
Gostaríamos de construir uma relação distinta à lógica cliente-fornecedor. Nela, o dinheiro não deve ser um impeditivo à participação. Ao mesmo tempo, estamos oferecendo um programa facilitado por pessoas que dedicam sua vida a essa prática e que precisam se sustentar financeiramente.
Dessa forma, o Profides 2020 não tem um preço determinado pela organização para o participante. Acreditamos que a sustentação desse espaço é uma responsabilidade compartilhada. Nosso convite é para que cada pessoa possa exercer autorresponsabilidade e autonomia para definir, com nosso apoio e informações, o valor que deseja contribuir financeiramente. Enfim, para nos relacionarmos com as finanças a partir da lógica da ecologia social em que os recursos e necessidades são diferentes entre os indivíduos de um grupo.
Para isso, é importante compartilhar algumas informações sobre a estrutura desta edição. Foram estimadas 306 horas de trabalho dedicadas para a coordenação, facilitação e gestão do programa. Somados aos custos com infraestrutura e comunicação temos a meta mínimo de R$21.000,00 para que esse programa seja sustentável financeiramente. Esse valor representa o total, considerando os 3 meses de programa, que deve ser arrecadados pela turma (aproximadamente 16 participantes).
CRONOGRAMA
Inscrições: de 14 de Julho de 2020 a 02 de agosto
Início: 10 de agosto
Ciclo 1: de 10 de agosto a 04 de setembro
Ciclo 2: de 07 de setembro a 02 de outubro
Ciclo 3: de 05 de outubro a 30 de outubro
FACILITAÇÃO E REALIZAÇÃO
Para o Instituto Fonte, facilitar é abrir espaço para aquilo que está incipiente, incrustado ou reprimido desabroche, apareça e ganhe voz. Cuidamos dos detalhes de uma conversa ou reunião, procuramos fazer uma escuta ampliada e desenvolver um profundo processo de observação. Por fim, entendemos que toda facilitação também é uma forma de constante aprendizagem mútua.
O Profides 2020, nesta versão virtual, é uma experiência pioneira e que pede um processo cuidadoso em sua realização. Considerando os limites desse formato, reunimos facilitadores profissionais com experiência e trajetória significativa no campo da fenomenologia.
ANA BIGLIONE
Fundadora da Noetá, Ana atua com transformação social e desenvolvimento de pessoas e organizações pela Noetá e em parceria com outras iniciativas, principalmente no Brasil, Argentina e África do Sul. Formada em administração pela FGV-SP, desenvolve sua atuação a partir da Prática Social Reflexiva, que estuda e ensina há mais de 10 anos, tendo facilitado processos como o Profides, Programa Artistas do Invisível e Ativismo Delicado. Em sua trajetória se envolveu com a concepção do Instituto Hedging-Griffo, do qual foi conselheira, e atuou em organizações como IDIS, apoiando empresas no seu investimento social no Brasil e na Argentina; FICAS, em processos formativos no Brasil e em Moçambique; e Instituto Geração, organização para jovens-adultos da elite, engajados na transformação social, que co-empreendeu e foi diretora executiva. Participou do conselho de diversas iniciativas sociais e, com sua irmã, co-fundou a Associação Cultural Cuadra Flamenca.
FLORA LOVATO
Consultora e facilitadora de processos associada ao Instituto Fonte desde 1999. Foi gerente geral da Fundação Iochpe por seis anos e há 20 anos vem trabalhando em processos de desenvolvimento – desenvolvimento organizacional, planejamento estratégico, aprendizagem e avaliação de programas e projetos – junto a diferentes iniciativas sociais a partir da prática social reflexiva. Atua como facilitadora nos programas de formação desenvolvidos pelo Instituto Fonte e, como consultora convidada da The Proteus Initiativa, co-facilitou a Pós-Graduação em Prática Social Reflexiva. É fellow da Fundação Kellogg, do BoardSource, onde realizou formação voltada ao desenvolvimento de Conselhos e Governança Institucional, e do Community Development Resource Association, organização junto à qual cursou o Fellowship Programme, programa avançado com foco em intervenção social. É graduada em Comunicação Social pelo Instituto Metodista de Ensino Superior e especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Dom Bosco.
JULIANA DA PAZ (MONITORIA)
Juliana é consultora e facilitadora de processos. Atua como professora universitária e no campo das organizações da sociedade civil facilita processos de desenvolvimento de grupos e indivíduos. É formada em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco e pós-graduada em Gestao de Organizações sem Fina Lucrativos, pela Universidade Mackenzie, e mestre em Administração com foco em processos de aprendizagem, pela Universidade Federal de Pernambuco. Em sua trajetória profissional atuou, desde 2002, nas áreas financeiras e de desenvolvimento institucional de diversas OSC, com foco em planejamento estratégico, processos de mudança e reestruturação organizacional, captação de recursos, elaboração e gestão de projetos. Desde 2009 também atua como professora em cursos de graduação e pós graduação. Preside voluntariamente a Associação Pró Adoção e Convivência Familiar e Comunitária.
SARITTA FALCÃO BRITTO
Consultora e facilitadora de processos associada do Instituto Fonte, Saritta atua na aprendizagem e desenvolvimento de pessoas e organizações junto a diferentes iniciativas sociais. É formada em Administração de Empresas pela Faculdade Estadual de Pernambuco e pós-graduada em “Reflective Social Practice”, pela Alanus University, em Bonn, Alemanha. Em sua trajetória foi superintendente do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, criado pelo Programa LIP – Leadership of Philantropy (Fundação W.K Kellogg); co- fundadora do Grupo Recife de Aprendizagem (Gra), organizador da pós-graduação em Prática Social Reflexiva no Brasil; e co-facilitadora da 8a edição do PROFIDES e do módulo Fenomenologia Goetheana, da Formação em Pedagogia Waldorf – NE. Participa voluntariamente do conselho deliberativo da Fundação Mamíferos Aquáticos e do grupo gestor do Jardim Aroeira.
THIAGO SALDANHA
Profidiano de 2019. É consultor em desenvolvimento de cultura de diálogo em grupos e organizações, facilitador em habilidade socioemocionais de comunicação e mediador de conflitos. Sócio-Fundador da Reúna, há 5 anos se dedica à prática da Comunicação Não-Violenta e aos estudos da Não-Violência. Tem mais de 10 anos de experiência, atuando como produtor e gestor cultural, dos quais sete dedicados ao desenvolvimento e implementação de estratégias de investimento social voluntário para empresas do setor de mineração e óleo e gás. É designer de sustentabilidade pelo Gaia Education, certificado em Ciências Holísticas e Economia para a Transição pela Schumacher College Brasil. Possui formação em Sociocracia com os fundadores da Sociocracy 3.0 e especializações em facilitação pelo centro de Comunicação Não-Violenta, BayNVC (California): The Art of Facilitation e Convergent Facilitation. É bacharel em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense, tendo cursado Gestão Cultural na Universidade Lusófona em Lisboa.
TIÃO GUERRA
Pedagogo dedicado ao desenvolvimento do ser humano enquanto indivíduo e em grupos. Desde 1979, Tião trabalha com instituições, movimentos sociais, empresas e governos. Atuou como educador formal em escolas públicas, entre 1980 e 2017. Fundou o Instituto de Educação de Nova Friburgo, em 1985, e foi o diretor da escola de aplicação do mesmo. Fundou a Associação Crianças do Vale de Luz, em 1988, e, dentro dela, duas escolas públicas, com metodologias ativas. A partir daí, em 1996, Tião começou a atuar como consultor de processos de desenvolvimento social. Realizou estágios na área educacional na França, Suíça e África do Sul. Tem prestado serviços de avaliação, planejamento, produção de conhecimento, desenho de gestão, entre outros, para organizações como UNICEF/RJ; BMZ (Ministério Social Alemão); Fundação Nelson Mandela (África do Sul); Instituto Alana; Instituto OI Futuro; British Council; Fundação Vale; SESC – Departamento Nacional; Cícero Papelaria. É graduado em Pedagogia, com especializações em Pedagogia Waldorf e Pedagogia Social. É músico, leitor e escritor, e pratica e acredita no contato consigo mesmo, com a natureza, com a Arte e com o Outro como instrumento de trabalho e de desenvolvimento pessoal e social.
Baixe aqui o PDF do programa: Profides 2020: O fazer essencial
E, em caso de dúvidas, entre em contato com: contato@institutofonte.org.br
E assista ao vídeo de lançamento para ter um gostinho do que vem pela frente!
Queridas companheiras e companheiros,
nós da equipe de coordenação do Instituto Fonte e do Programa Desenvolvimento como Profissão – PROFIDES, considerando os motivos e as consequências da Pandemia pela qual estamos passando, sofrendo e aprendendo, entendemos que postergar o início dos encontros físicos da XI edição é uma necessidade que se impõe.
Assim sendo, fica suspenso o início dos encontros presenciais do programa até uma data adequada, a ser decidida à medida em que a situação do isolamento social se mova.
O Profides tem como cerne de sua estratégia a imersão e encontro presencial. No momento, formamos um grupo com pessoas que conhecem a história, propósito e metodologia do programa e estamos avaliando caminhos e formatos possíveis para lançamos um espaço de aprendizagem virtual. Sobre isso, comunicaremos oportunamente.
Caso tenha interesse em participar de atividades virtualmente, ou queira tirar dúvidas, entre em contato com:
Thiago Saldanha
e-maill: thiago@reuna.cc
Tel: (21) 98189 9799 (whatsapp)
Celebramos e agradecemos o seu interesse e vamos nos manter em contato!
As inscrições para esta edição Profides XI estão fechadas!
O Instituto Fonte, com o apoio da Canella & Guerra, da Reúna e do Urucum Sítio Vale de Luz, está lançando a 11ª Edição do Profides: Desenvolvimento como Profissão, que vai ocorrer entre as cidades do Rio de Janeiro e Nova Friburgo, de abril a novembro de 2020.
O Profides é um espaço para aprofundar a compreensão sobre nossa forma de atuar enquanto profissionais e indivíduos, assim como para qualificar nossas habilidades de observar e intervir em processos sociais, seja de dentro de uma organização da sociedade civil, um órgão público, uma empresa, um projeto social, um coletivo, ou outras formas de atuar com desenvolvimento.
Lembramos que, para a Edição XI, o programa segue dividido em cinco módulos, que têm as seguintes questões inspiradoras e que ocorrerão nas seguintes datas:
E, em caso de dúvidas, entre em contato com:
Thiago Saldanha
e-maill: thiago@reuna.cc
Tel: (21) 98189 9799 (whatsapp)