Troca de experiências dão o tom do primeiro encontro preparatório da Escola da Juventude

Diálogos como forma de trazer percepções e construir caminhos formativos. Essa foi a essência do primeiro encontro realizado pela Escola da Juventude, que aconteceu dia 07, em São Paulo, na sede do Instituto Fonte. O projeto, que está em sua segunda edição, vai tratar do tema do Empreendedorismo com adolescentes da Região da Zona da Mata Norte de Pernambuco.

Entre os convidados, estiveram presentes Regina Pfiffner, coordenadora do Programa Geração Empreendedora na Aliança Empreendedora, Guilherme Oliveira, do Instituto Coca-Cola, Júlia Câncio, do projeto Jovens em Ação, da ONG Acer Brasil e Juliana Cortez, apresentando o projeto Geração Coletivos.

Cada um compartilhou suas experiências em projetos com juventude. A idealizadora da Escola da Juventude, a consultora Helena Rondon, explicou a proposta de realizar uma troca inicial sobre práticas no campo do empreendedorismo juvenil, como forma de construir uma proposta que faça sentido dentro do contexto da região da Mata Norte. “Quando realizamos a primeira turma do projeto, ao final havia uma interrogação constante na fala dos jovens: como arrumo emprego? Como faço para inserir meu currículo no mercado? Como faço pra começar algo? E desenvolvemos um segundo momento para ajudar a desenvolver características empreendedoras”, reforçou.

Flora Lovato, consultora que integra a equipe de formação, explicou que o projeto procura desenvolver habilidades sociais, sobre a convivência e ação na comunidade, além de favorecer que o jovem compreenda aspectos de cidadania. De acordo com Flora, “a proposta é que tudo isso esteja intimamente relacionado com a realidade do jovem dessa região, que está vivenciando grandes mudanças locais com o desenvolvimento de um novo polo industrial”.

Regina Pfiffer abriu os debates, explicando a proposta da Aliança Empreendedora. “Procuramos um método que tem a ver com a juventude. São 24 horas de formação que trabalham questões sobre quem sou, o que sei e conheço, para tentar localizar uma ideia, às vezes, ainda muito inicial. Depois tem um momento de experimentação, que é o que de fato gera concretude para essa inspiração inicial”, enfatizou. Após compartilharem suas iniciativas, é iniciado um período de mentoria, capaz de auxiliar na realização do projeto.

O projeto Jovens em Ação teve uma proposta de empreendedorismo social e aconteceu em uma escola pública de Diadema. O objetivo não era gerar recursos, mas pensar como uma ação pensada pelos próprios jovens poderia auxiliar a comunidade escolar. Julia contextualizou que um dos destaques foi uma ação na qual o adolescente reuniu um grupo e articularam um processo de auxílio na aprendizagem dos alunos de séries anteriores. “Eles perceberam que era possível tentar reduzir a permanência dos estudantes nas aulas de reforço. E foi um super impacto na escola”. Outros exemplos foram desenvolvidos, como plantio de árvores por toda a localidade.

Já a ação do Instituto Coca-Cola, o Coletivo Jovem, tem um perfil mais focado na empregabilidade, além de uma dimensão de impacto (quantitativo) maior quando comparado com as outras iniciativas. Guilherme contou que as áreas de formação, atualmente, abrangem três trilhas formativas: na área do Marketing e vendas, Comunicação e Tecnologia (em parceria com o Google) e de Eventos. “Cerca de 80% do processo formativo trabalha com o que chamamos de habilidades para a vida e o jovem é responsável por desenvolver seu plano de vida e desenvolver suas habilidades pensando algo para a própria comunidade”. Nesse programa, os jovens ao final podem, a partir de seus interesses, concorrer a vagas oferecidas por outras empresas parceiras do projeto.

Para fechar a manhã, Juliana Cortez, consultora do Instituto Fonte apresentou a proposta do projeto Geração Coletivos. “Acho que temos um diferencial, no sentido de que direcionamos nossas ações para jovens que já são empreendedores sociais, para que possam refletir sobre sua iniciativa, inspirados na proposta metodológica do Instituto Fonte, só que agora, voltado para a juventude”.

As formações da Escola da Juventude vão acontecer em 2018 e as inscrições estão abertas no link abaixo até o dia 16 de novembro. Corra para não perder sua vaga!

Inscrições abertas neste link  até dia 16/11/2017

Divulgação da seleção dia 20/11/2017

Para entrar em contato escreva para: escoladajuventude@institutofonte.org.br


Querem conhecer mais sobre as instituições ou os projetos:

Aliança Empreendedora – Geração Empreendedora: http://aliancaempreendedora.org.br/

Acer Brasil – Projeto Jovens em Ação: http://www.acerbrasil.org.br/

Instituto Coca-Cola – Projeto Coletivo Jovem: https://www.cocacolabrasil.com.br/packages/coletivo-jovem-programa-cria-pontes-entre-jovens-e-mercado-de-trabalho

Instituto Fonte – Geração Coletivos: http://new.institutofonte.org.br/geracaocoletivosresultados/


O objetivo da Escola da Juventude é o de criar um ambiente propício para que jovens

  1. possam conhecer e aprofundar suas compreensões sobre suas comunidades e a complexidades das relações e questões que a permeiam;
  2. possam conhecer e discutir sua própria condição de jovem, o papel de cada um face ao seu próprio desenvolvimento e face ao desenvolvimento de suas comunidades;
  3. tenham espaços para descobrir e aprimorar suas capacidades e habilidades de liderança e de empreendedor, colocando-as a serviço de seu próprio desenvolvimento e do desenvolvimento de sua comunidade, e
  4. tenham oportunidades de se experimentarem e melhores condições de atuar, em suas próprias vidas, com a plenitude de seus potenciais.
  5. criem e desenvolvam seu projeto para atuar no mundo de forma empreendedora.

Sobre a região

De acordo com o censo demográfico de 2010 do IBGE, a população da região da Mata Norte do Estado de Pernambuco conta com um total 30.635 jovens na faixa etária de 16 a 29 anos. No entanto, a maioria dos projetos realizados na região contempla outros públicos, prioritariamente crianças.

As alternativas de educação profissionalizante (Cursos do SENAC e do IFPE – Instituto Federal de Pernambuco) surgiram para contribuir no preenchimento das oportunidades de trabalho e renda oferecidos pelas empresas estabelecidas na região nos últimos anos.

A transformação econômica radical aconteceu com a implantação do Polo Industrial de Goiana, que inclui a indústria, farmacoquímica, vidreira e automotiva. A intensa transformação ocorre, principalmente, pela chegada da nova fábrica de automóveis da Fiat. É uma região de forte cultura canavieira, que teve nos últimos seis anos seu PIB elevado em 203%.

O projeto acontece em parceria com funcionários da empresa Arconic (por meio da Fundação Arconic) e o apoio da organização Ponto Cidadão e a empresa Itamaracá Transportes.