Denise Castro
Consultora Associada
Saiba mais…
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Há muitos anos, o Instituto Fonte preserva uma forte relação de parceria e amizade com organizações do Nordeste brasileiro, incluindo de Pernambuco.
Neste momento, além de acompanhar os esforços destas instituições para cuidar das pessoas afetadas pelas chuvas, decidimos auxiliar na mobilização de recursos junto a parceiros financiadores que gostariam de ajudar, mas não sabem o caminho.
Iniciamos uma rede de solidariedade com o objetivo de auxiliar para que mais recursos cheguem até as comunidades afetadas, a partir das organizações que estão na linha de frente.
Gostaria de fazer parte dessa rede de solidariedade?
Envie uma mensagem com o assunto “Quero contribuir com Pernambuco” para contato@institutofonte.org.br , com dados para contato e retornaremos.
A publicação O combate ao racismo como dimensão do desenvolvimento institucional das OSCs é fruto de um processo para o fortalecimento do protagonismo, da capacidade de catalisar processos de mudança e da sustentabilidade das organizações. É uma iniciativa da Equipe de Apoio ao Desenvolvimento Institucional: Fundo de Transição – OAK Foundation/Brasil, que investe no fortalecimento e desenvolvimento institucional de oito OSCs que deixarão de ser apoiadas pela OAK Foundation no Brasil até 2024.
A questão racial foi identificada como um dos desafios emergentes e urgentes no campo das OSCs e seu enfrentamento exige posicionamento individual e institucional, além de comprometimento sistemático.
A publicação traz o conteúdo de quatro experiências de combate ao racismo no ambiente institucional, fruto de um seminário sobre o tema e organiza informações relevantes para organizações interessadas em atualizar temas sociais em sua própria gestão e em seus processos de mudança e desenvolvimento institucional.
PARA ACESSAR A PUBLICAÇÃO: ANTIRRACISMO NAS OCS_JUNHO2022
O projeto é financiado pela Secretaria Nacional de Justiça e tem como objetivo incentivar o empreendedorismo de venezuelanos em situação de refúgio e jovens em situação de vulnerabilidade
A Aldeias Infantis SOS, em parceria com o Instituto Fonte, realizou, durante o mês de abril e maio, as oficinas de formação do projeto Incubadora de Sonhos, iniciativa que contempla 40 pessoas com formação empreendedora e recursos para gestão de pequenos empreendimentos.
O projeto foi elaborado a partir da experiência no acolhimento de famílias venezuelanas em Pernambuco, durante o período de 2018 a 2020, pela iniciativa Brasil Sem Fronteiras. Com o aumento do desemprego e o agravamento da crise social ocasionado pela pandemia, iniciativas para geração de renda tornaram-se ainda mais urgentes, principalmente entre a população mais vulnerável.
A iniciativa Incubadora de Sonhos está apoiando 30 imigrantes e 10 jovens brasileiros de comunidades locais em Igarassu, por um período de 12 meses, oferecendo formações em empreendedorismo, suporte financeiro e acompanhamento social para fortalecer as famílias dos participantes. Ao final do processo, os empreendimentos mais “promissores” receberão um capital-semente para investimento. O Instituto Fonte é responsável pela formação para o empreendedorismo, enquanto a Aldeias Infantis SOS acompanha as famílias, desenvolvendo ações de fortalecimento familiar e comunitário.
O projeto foi vencedor do edital 01/2020 da Secretaria Nacional de Justiça, que está financiando iniciativas focadas no apoio a imigrantes.
Sobre a Aldeias Infantis SOS
A Aldeias Infantis SOS (SOS Children’sVillages) é uma organização global, de incidência local, que atua no cuidado e proteção de crianças, adolescentes, jovens e suas famílias. Fundada na Áustria, em 1949, está presente em 137 países. No Brasil, atua há 54 anos e mantém mais de 80 projetos, em 31 localidades. Para saber mais: www.aldeiasinfantis.org.br
Sobre o Instituto Fonte
O Instituto Fonte é uma organização da sociedade civil com o compromisso de acompanhar indivíduos, grupos e organizações em seus processos de desenvolvimento. Fazemos isso por meio da consultoria de processos, capacitação, projetos e publicações. Neste projeto, estamos realizando as formações em parceria com a AION – Florescimento Humano.
Saiba mais em: http://new.institutofonte.org.br/artigo_facilitacao/
Acompanhe algumas atividades do projeto:
Na última semana (01/03/2022), perdemos um grande amigo e parceiro de jornada. José Carlos Zanetti será sempre uma personalidade importante para o campo social e para a defesa dos direitos humanos no Brasil.
Nós, do Instituto Fonte, deixamos aqui nosso carinho e homenagem a este economista de formação e militante de coração, que tanto defendeu a democracia brasileira.
Enviamos um grande abraço de solidariedade à equipe da CESE e aos familiares de Zanetti.
Como organização do campo social, ficamos com a missão de cuidar de seu legado e honrar sua trajetória.
Zanetti, presente! 🌱
#institutofonte
#esperançando2022✨
O Instituto Fonte quer reconhecer e celebrar a luta de cada parceire e amigue neste desafiador ano de 2021. E renovar a esperança nos tempos vindouros.
Lutamos ontem.
Sobrevivemos hoje.
Esperancemos o amanhã!
Com esta mensagem, inspirada em versos de Clarice Lispector, queremos esperançar com você o ano que virá.
🌱 Que ele chegue trazendo saúde, ternura, amizades, ciência e mais amor na vida de todes!
Feliz Esperançar!
Feliz 2022! 🌿
por Ana Paula P. e Chaves Giorgi
Ao querer trabalhar com comunidades rurais sem ser especialista nas áreas técnicas de saúde, educação ou agronomia, me descobri facilitadora. Se conhecimento especializado eu não tinha, o que eu poderia oferecer?
Percebi que minha experiência com aprendizagem não-escolar, treinamento de pessoas, estruturação de projetos, organização de eventos e processos educativos junto com formações acadêmicas variadas, me deram competências necessárias para ajudar as pessoas a se organizar para atuarem juntas; ajudar a conversar, a tecer, a refletir, a se olhar. Aos poucos – e com muita dedicação – fui afiando minhas habilidades sociais para escutar melhor, falar menos, ouvir muito, fazer perguntas, trabalhar dinâmicas que levassem à reflexão e gerassem força suficiente para chegar à ação. Também fui percebendo que o tempo de mudança é pautado pelo tempo da aprendizagem e que aprender significa transformar algo em si próprio antes de conseguir mudar algo no mundo – e isso demanda um esforço respeitável. Os conhecimentos, as habilidades e as atitudes pautadas nessa máxima é que foram me tornando competente como facilitadora.
Desenvolver processos que abram espaço para as pessoas ocuparem esse lugar de reflexão, aprendizagem e desenvolvimento torna-se assim, não só o trabalho, como também o lugar de desenvolvimento do facilitador. O desenvolvimento do outro acontece com o meu desenvolvimento e essa troca, essa relação viva e em constante movimento talvez seja o significado de facilitador, pois ela traduz a condição primordial de nossa humanidade: nascer, crescer e se desenvolver na relação, em relação com o outro. “Umuntu ngumuntu ngabantu”, um provérbio Zulu resume esse conceito em poucas palavras: “uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas”.
Desse provérbio deriva o conceito de ubuntu, uma categoria básica da ética africana “consistente com a posição filosófica de que o movimento é o princípio do ser” e que “tudo que é percebido como um todo é sempre uma totalidade”! (RAMOSE, 2002, grifo meu)
Não se pretende aqui simplificar um termo tão profundo e complexo como o de ubuntu, mas sim o de tornar visível a complexidade envolvida no processo de facilitar. A polaridade presente no prefixo ubu e a raiz ntu, coloca em movimento a relação entre o que está em contínuo movimento como um vir à ser, e aquilo que se manifesta como algo concreto. E esse movimento que é percebido como uma totalidade, na cultura africana, está intrinsecamente conectado às relações sociais.
Pois é nesse espaço de troca, de aprendizado e de relação que vive a facilitação; pois só ali o vir a ser e sua potencial manifestação concreta podem germinar algo novo, algo verdadeiramente único em cada situação. A facilitação, portanto, não vive na busca de respostas e de soluções, mas na co-criação permanente desse entremeio, desse espaço, que é aberto e generativo.
O que nos leva a um paradoxo dessa nossa profissão, como postulava um colega facilitador: se ela for extremamente bem feita, sua participação terá ficado invisível. Essa invisibilidade diz muito da capacidade de um facilitador de ajudar a construir espaços e tempos – uma tessitura de transformação – que é geradora de mudanças, onde os envolvidos tornam-se empoderados, autônomos e conscientes de seu papel a ponto de se perceberem capazes de tomar seu destino em suas próprias mãos e se enxergarem como um só organismo.
Ainda que não sejamos capazes de ver essa tessitura à olhos nus, ela está lá. E nós, como facilitadores, temos que aprender a “enxergar para podermos compreender o organismo social com o qual devemos interagir. E compreender significa desenvolver a habilidade de apreender o todo, os campos invisíveis que compõem a organização que se manifesta.” (KAPLAN, 2005:87, grifo meu).
O termo facilitador tem sido usado ultimamente para denominar um campo de atuação profissional voltado para o apoio ao desenvolvimento de pessoas e instituições – uma profissão sofisticada e inovadora. Mas para nos tornarmos verdadeiros facilitadores, o caminho inclui escolhas que dizem respeito a trabalharmos e desenvolvermos quem somos, rever nossa própria compreensão do contexto em que estamos inseridos, reconhecendo que
(…) nós mesmos temos que nos tornar nossos próprios instrumentos. Essa é a compreensão alquímica: o mundo de fora e o mundo de dentro são um só, são a mesma coisa, eles tomam um do outro, eles dão um ao outro. Nós somos participantes do desenvolvimento e da evolução daqueles com os quais trabalhamos; é por meio deles que nós desabrochamos e emergimos. Essa é a ciência da cocriação. (KAPLAN, 2005:232)
Referências
RAMOSE, Mogobe B. (1999). African Philosophy through Ubuntu. Harare: Mond Books, p. 49-66. Tradução para uso didático por Arnaldo Vasconcellos.
RAMOSE, Mogobe B. (2002). The ethics of ubuntu. In: COETZEE, Peter H.; ROUX, Abraham P.J. (eds). The African Philosophy Reader. New York: Routledge, p. 324-330, Tradução por Éder Carvalho Wen.
KAPLAN, A. (2005). Artistas do Invisível: o processo social e o profissional de desenvolvimento. São Paulo: Peirópolis.
Imagem: Estúdio Barbarella
Publicado originalmente em: https://blog.frs.edu.br/facilitar-processos/
Facilitar é “tornar fácil”?
O que é “facilitar” um processo?
É possível aprender sobre “facilitação de processos”?
Para quem trabalha constantemente com pessoas, grupos, coletivos, é comum se deparar com situações nas quais precisamos dialogar para encontrar soluções, planejar coletivamente, pensar caminhos para impasses de uma comunidade que atua ou interage em situações adversas.
Quantas vezes lidamos com isso de forma automática, sem perceber que existem conhecimentos que podem nos ajudar em processos como esses? Ou, quantas vezes não voltamos a refletir sobre a forma como estamos facilitando os processos nos quais estamos envolvidas/os?
Queremos te convidar para dialogar um pouco sobre o que significa facilitar processos e como a fenomenologia de Goethe pode nos ajudar a desenvolver conhecimentos necessários para cuidar de processos que precisam “se tornar fáceis”.
A partir de um pequeno exercício vivencial, Ana Paula Chaves e Ana Biglione facilitarão uma conversa para refletir sobre a relação entre a facilitação de processos e a observação de fenômenos vivos.
QUANDO? 8 de Junho, às 19h
ONDE? Assista ao vivo no Youtube ou no Zoom, clicando aqui!
Online e gratuito.
O Instituto Fonte foi convidado para apoiar o processo de elaboração das políticas de proteção da Cáritas do Brasil. Ações como estas baseiam-se na construção do Código de Ética e Conduta da organização, assim como das políticas antidiscriminatórias e de combate ao assédio. São mecanismos para ajudar a prevenir e oferecer caminhos para lidar e até encaminhar situações que envolvem temas de extrema complexidade. Instrumentos de proteção como estes estão sendo estimulados a partir de um movimento provocado internacionalmente em toda a Cáritas Mundial.
Obviamente, estes são assuntos muitos delicados, que geralmente surgem de um lugar de relatos e podem expor a organização a riscos muito sérios e profundos. Principalmente as de cooperação internacional, que lidam com realidades e pessoas muito diversas no mundo todo”, contou a consultora JudaPaz, que planejou e implementou este processo ao lado de Helena Rondon.
Ela relata que, diferente de criar, o Instituto Fonte teve como desafio facilitar os processos para a construção dessas políticas, de dentro pra fora. “Isso exigiu muita dedicação tanto de nossa parte ao criar um formato de consultoria capaz de responder ao pedido, como de toda a equipe da Cáritas envolvida com essa ação, que trabalhou efetivamente na elaboração do material. Como Fonte, procuramos criar um caminho que fizesse sentido, que fosse vivo e autoral, isto é, que surgisse a partir de um olhar interno e intimamente relacionado às práticas da própria Cáritas”.
A metodologia desse processo envolveu:
Há um direcionamento estratégico da organização de que nos próximos três anos acontecerão processos formativos sobre as temáticas tratadas, e, neste momento da consultoria, estamos formando os facilitadores e multiplicadores que vão conduzir essa ação junto a toda a Rede Cáritas no Brasil.
Estamos trabalhando, nestas formações, sobre como criar formas, metodologias de aprendizagem sobre as políticas de proteção que tratam de temas tão delicados e complexos como do assédio e discriminação, além de construir estratégias sobre como disseminar esses conteúdos em toda essa rede de colaboradores da instituição”.
Resultados: Toda a parceria do Instituto Fonte e Cáritas Brasileira resultou na Política Nacional de Proteção, Código de Conduta Ética e Mecanismos de Salvaguarda, documentos que vão orientar o caminho institucional para garantir um ambiente ético e seguro para equipes de agentes Cáritas e para todas as pessoas alcançadas pelas ações e projetos institucionais.
O material teve um lançamento nacional no início de março de 2021.
Acesse o documento: CasoCaritasBrasileira
Conheça a trajetória do Instituto Fonte. Estamos aqui para facilitar processos como este, para que sua organização siga fazendo o que se propôs a fazer para contribuir com um mundo melhor e mais justo!
Dando seguimento em sua jornada pelo Nordeste, o Instituto Fonte chegou na Bahia (de Todos os Santos) para facilitar a elaboração do plano de ação do Centro de Tecnologia Social da Pracatum, nos dias 26 e 27 de novembro.
Recentemente criado, o centro recebeu o apoio do Programa de Fomento do Instituto Itaú Social e vai fortalecer, reconhecer e valorizar os saberes percussivos a partir da experiência vivida pela Pracatum no território Candeal.
O plano pretende ser uma ferramenta para impulsionar a implementação e lançar este centro para o mundo. Para Helena Gomes, consultora que tem acompanhado todos os processos junto a organizações sociais nordestinas, esse foi um trabalho bem desafiador. “Apesar da nossa equipe pequena, a gente se esticou e com muita emoção e debates, colocamos muitos quereres numa panela só”, explicou.
A escritora e antropóloga Goli Guerreiro, que está cuidando da iniciativa do Centro de Tecnologia Social da Pracatum, conta que ele representa o desafio de aprofundar a pesquisa sobre os saberes percussivos que se delineiam no Território Candeal.
O encontro da equipe com a consultoria do Instituto Fonte permite que ideias brotem e metas mais refinadas se desenhem coletivamente. É muito rico observar o instrumental das consultoras e usufruir dele para se reposicionar frente aos desafios do CTS e também se enxergar como parte do todo Pracatum. É um processo de imersão que gera fertilidade.
Goli Guerreiro
Sobre a Pracatum
A Associação Pracatum Ação Social – APAS foi fundada em 1994 e realiza programas educacionais, culturais e de desenvolvimento comunitário no Candeal Pequeno de Brotas, em Salvador, Bahia. A Pracatum surge da necessidade da comunidade de se profissionalizar e buscar alternativas para melhorar a qualidade de vida através da música, resgatando a herança cultural do Candeal e aproveitando elementos da realidade local para promover a transformação socio-economica.
Conheça mais o trabalho da Pracatum!