A importância da escuta para a economia de comunhão
Durante o Fórum, eu realizei essencialmente duas práticas de escuta. A primeira que tem a ver com a escuta do silêncio: o que emerge quando a gente silencia, em si próprio, no ambiente da sala e lá fora. Objetivo é perceber como a gente pratica nossa escuta e se dá conta dos campos de percepção que estão interagindo e interferindo o tempo todo no nosso diálogo e nas formas de se relacionar com o outro.E o outro exercício é o “falar e ouvir”, que tem o objetivo de olhar para o lugar de onde a gente escuta o outro. E, num primeiro momento, o exercício desperta o interesse ou a compreensão do quanto eu escuto o outro esvaziado de mim mesmo ou a partir de uma conversa interna muito grande. As falas, durante o Fórum, trouxeram a necessidade de contrapor; do não ouvir, mas do para esperar para falar; de escutar o outro fazendo conexões com suas próprias vivências; a dificuldade de escutar o outro quando você não conhece o assunto. O processo diz respeito a se dar conta do que vai interferindo no processo de escuta, são exercícios para tomar consciência de como a gente escuta e para perceber o que interfere nessa escuta, tanto em campos externos assim como no nosso próprio campo de barulhos e vozes interiores”.