A importância da escuta para a economia de comunhão

“Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”.
Rubem Alves
O Instituto Fonte esteve presente no Fórum Nordestino de Economia de Comunhão, que aconteceu no dia 9 de novembro de 2018, em Recife, uma realização da comissão local de EdC e a Anpecom. Com o tema “Desenvolvendo competências para um empreendedorismo de impacto”, o evento contou com a facilitação da consultora Saritta Falcão Brito. “O chamado para levar a prática da escuta às empresas da EdC – Economia de Comunhão, em meio ao ambiente do Fórum de Finanças Sociais  me encheu, e ao Instituto Fonte, de sentido e pertencimento”, declarou Saritta.
Saritta aproveitou para contar um pouco sobre os exercícios desenvolvidos:

Durante o Fórum, eu realizei essencialmente duas práticas de escuta. A primeira que tem a ver com a escuta do silêncio: o que emerge quando a gente silencia, em si próprio, no ambiente da sala e lá fora. Objetivo é perceber como a gente pratica nossa escuta e se dá conta dos campos de percepção que estão interagindo e interferindo o tempo todo no nosso diálogo e nas formas de se relacionar com o outro.
E o outro exercício é o “falar e ouvir”, que tem o objetivo de olhar para o lugar de onde a gente escuta o outro. E, num primeiro momento, o exercício desperta o interesse ou a compreensão do quanto eu escuto o outro esvaziado de mim mesmo ou a partir de uma conversa interna muito grande. As falas, durante o Fórum, trouxeram a necessidade de contrapor; do não ouvir, mas do para esperar para falar; de escutar o outro fazendo conexões com suas próprias vivências; a dificuldade de escutar o outro quando você não conhece o assunto. O processo diz respeito a se dar conta do que vai interferindo no processo de escuta, são exercícios para tomar consciência de como a gente escuta e para perceber o que interfere nessa escuta, tanto em campos externos assim como no nosso próprio campo de barulhos e vozes interiores”.
A Associação Nacional por uma Economia de Comunhão (Anpecom) tem como objetivo reunir e articular pessoas, empresas, instituições públicas e privadas que estejam interessadas em contribuir com os objetivos da Economia de Comunhão de consolidar uma cultura econômica fundamentada na comunhão e reduzir a pobreza. Acreditam que o empreendedorismo concebido a partir desta perspectiva cultural é um instrumento potente para a superação da vulnerabilidade econômica e social.