Capacitação em Redução de Risco de Desastres

Projeto Fortalecendo a Resiliência compartilha aprendizagens com defesas civis de outros municípios do estado

A equipe do Projeto Fortalecendo a Resiliência esteve na sede da Escola Estadual de Defesa Civil – ESDEC, no Rio de Janeiro, capacitando mais de 40 técnicos de defesa civil de diversos municípios do estado em “Gestão Participativa de Risco de Desastres em Escolas” e em “Primeiros Socorros Psicológicos para Crianças”, totalizando 16 horas de treinamento. Na ocasião, foram compartilhados métodos, experiências e aprendizagens do Projeto, que vem acontecendo em Petrópolis desde outubro de 2016.

O Diretor da ESDEC, Tenente-Coronel Marcio Romano Corrêa Custodio, considera que a promoção destes treinamentos, dentro da parceria da ESDEC com o Projeto Fortalecendo a Resiliência, traz diversos aspectos positivos: “Esta é uma experiência bem sucedida que trabalha com a Redução de Risco de Desastres junto a comunidades, o que para nós tem grande valor, porque é onde os desastres normalmente acontecem. E, com metodologia já desenvolvida e testada, pode ser multiplicada, poupando tempo, melhorando a comunicação e a integração entre os atores e otimizando o trabalho de agentes de proteção e defesa civil do estado do Rio, que sempre precisam de aprofundamento e aprendizagem”, avalia Cel. Romano.

Para Rodrigo D’Almeida, um dos coordenadores de campo do Fortalecendo a Resiliência, e que facilitou o treinamento no dia 25/10, a gestão escolar de desastres é fundamental para proteger os estudantes, os profissionais da educação e a educação em si. “Claro que as mais terríveis consequências dos desastres são perdas humanas. Mas há outros prejuízos que podem ser também muito custosos, como escolas inutilizáveis em razão de danos, uso prolongado como abrigo, acesso impedido ou inseguro, perda de equipamentos e materiais, enfim, situações que interrompem o processo escolar, podendo provocar consequências severas para as crianças, jovens e suas famílias. São questões que as autoridades responsáveis pela gestão de desastres precisam conhecer e tivemos aqui vários agentes que já atuam com escolas”, conclui Rodrigo.

No segundo dia de treinamento, os participantes foram introduzidos aos primeiros socorros psicológicos para crianças. “Em uma situação de crise ou desastres, durante ou logo após um evento crítico, as crianças costumam ser um dos públicos mais vulneráveis. Os primeiros socorros psicológicos são mundialmente reconhecidos como um método simples e eficiente de prover o apoio inicial, garantindo os direitos das crianças à proteção e aos cuidados em ações humanitárias. O objetivo do treinamento é empoderar os participantes com habilidades e conhecimentos para que possam exercê-los”, explica Roberta Dutra, que facilitou este treinamento e também é coordenadora de campo do Fortalecendo a Resiliência.

Para os participantes, o ciclo de formação contribuiu para ampliar os conhecimentos e apoiar a prática profissional deles. “Pra mim, que trabalho há anos com crianças e jovens, foi muito valiosa, porque aprimora nossos conhecimentos, recicla o profissional que milita nesta área. Trabalhamos com amor, carinho, mas revisitar as técnicas e muito importante. Não basta somente querer fazer, tem que saber fazer.  Com as novas ferramentas que adquiri, posso melhorar aquilo que eu achava que estava bom ou vencer dificuldades que eu não estava sabendo como conduzir“, conta Andreia Cunha Pereira, agente de Defesa Civil de Maricá. “Foi proveitoso porque pude expandir e reciclar meus conhecimentos e capacidades, trazer também um pouco da minha experiência, para que possamos cada vez mais melhorar o trabalho de proteção e prevenção nas escolas”, avaliou o Agente de Proteção e Defesa Civil do município do Rio de Janeiro Jorge Domingues, que é Coordenador do Projeto Defesa Civil nas Escolas do Rio.

Os conteúdos abordados nos treinamentos estão compilados em duas publicações, com o que há de mais atual sobre os temas, traduzidas para o português no âmbito do Fortalecendo a Resiliência.