Confira alguns depoimentos sobre o Profides
Que tal conhecer um pouco mais sobre o Profides a partir dos depoimentos de alguns de seus participantes?
Que tal conhecer um pouco mais sobre o Profides a partir dos depoimentos de alguns de seus participantes?
No último dia 27/04, realizamos a oficina aberta #esquentaprofides2021 e apresentamos um pouco sobre a metodologia que será utilizada durante o programa.
Para você que não pode participar, assista agora e saiba mais sobre a edição de 2021 do Profides: Desenvolvimento como Profissão.
As inscrições seguem abertas. É só CLICAR AQUI!
Oferecer um espaço seguro de escuta para temas que estão próximos das organizações e das pessoas tem sido um grande diferencial do nosso encontro mensal.
E, para abril, queremos conversar sobre como estamos nos cuidando neste momento? E das pessoas com quem atuamos?
Esperamos vocês!
Faça sua inscrição, até 26/04, CLICANDO AQUI:
As inscrições para o Profides estão abertas. E, neste período, é muito comum as pessoas terem dúvidas sobre o programa e sua proposta de aprendizagem.
Por isso, vamos realizar um #esquentaprofides, uma oportunidade de entender um pouco sobre a prática social reflexiva e a metodologia deste curso.
Na próxima terça-feira (27/04), das 15h às 18h, vamos praticar, tirar dúvidas e apresentar a edição 2021. E será uma alegria ter você conosco!
MAS LEMBRE-SE, É NECESSÁRIO FAZER SUA INSCRIÇÃO CLICANDO AQUI!
Veja o convite da consultora e facilitadora Flora Lovato e aproveite para conhecer a proposta e a metodologia deste curso.
O ano de 2021 chegou sem carnaval, sem volta às aulas, sem viagens ou idas ao escritório. Chegou inundado de 2020 e suas dinâmicas de isolamento social, excesso de vida virtual e sobrecarga emocional. Seguimos esticados em nossos limites, como se tivéssemos diante de uma miríade de mundos: antes e depois da Covid-19. Sem fronteiras claras entre passado e futuro, é recorrente a sensação de não saber qual o dia da semana ou se este mês é mesmo de um novo ano, como se vivêssemos um hiato temporal onde a precisão cronológica não é mais relevante para tomada de decisões.
A vacina chegou em meio a um turbilhão de movimentos incessantes, no qual ora somos empurrados e ora escolhemos caminhar por direções impensáveis há um ano. Tudo está intensificado e se movendo rapidamente em aspectos da vida que levamos muito tempo para tecer. Transformação é a palavra de ordem. Então, que tipo de ordem experimentamos quando a vida parece estar fora de controle? Que habilidades podemos despertar para reconhecer essa ordem? Quais as leis daquilo que está em movimento? Quais fenômenos se relacionam com processos de mudança? O que podemos aprender com a Natureza e os fenômenos vivos?
O Profides propõe-se a investigar isso. É um convite a experienciar e praticar um outro modo de consciência que nos desloca do lugar de observador externo e nos coloca dentro do movimento de forma ativa. É um mergulho na nossa prática em busca de reconhecer nosso jeito de estar na vida. De desenvolver outras formas de observar, escutar e construir sentido para o que fazemos. Entendemos por “prática” a escolha diária, mais ou menos consciente, de fazer as coisas que mantêm e criam novas dinâmicas para nós e os outros.
UMA EDIÇÃO VIRTUAL
O Profides é um programa inovador, de formação continuada, dedicado a pessoas interessadas em buscar – e também construir colaborativamente – a arte da intervenção social a partir de uma perspectiva mais humana e orgânica. Vem sendo realizado há 18 anos pelo Instituto Fonte e suas dez primeiras edições foram presenciais, cada uma com cinco módulos imersivos.
Esta é terceira edição virtual e foi especialmente desenvolvida para o contexto atual que estamos vivendo. Acontecerá em três meses, de 21 de setembro a 17 de dezembro, por meio de encontros on-line (via plataforma ZOOM) e atividades síncronas e assíncronas que somam até oito (8) horas semanais de dedicação. Conscientes do risco de ficarmos muito tempo em imersão na virtualidade, os momentos virtuais serão de trocas entre participantes e facilitadores. Cada participante será convidada/o a atividades não-virtuais – como a escrita e a observação -, mesmo durante o tempo de conexão.
Estimamos em torno de oito (8) horas de dedicação semanal, entre atividades síncronas e assíncronas.
ESTRUTURA
Serão desenvolvidos três (3) ciclos de um mês cada, com atividades individuais, momentos em grupos para aprofundar conteúdos específicos e plenárias de trocas e reflexões coletivas. Cada ciclo tem um eixo principal a ser investigado, experimentado e praticado.
1o ciclo: Compreensão de processos vivos e desenvolvimento
Neste primeiro ciclo, desejamos: acordar e praticar nossa capacidade de prestar atenção por meio da observação ativa, da descrição e conexão com o processo de vir-a-ser daquilo que é vivo; acessar leis do desenvolvimento a partir da própria experiência e; conectar-se com movimentos em processos vivos: no humano, na natureza, nas organizações.
2o ciclo: Como acontecem e como ler processos de mudança
No segundo ciclo, desejamos: possibilitar intimidade com o que muda em si próprio e ao seu redor, aprofundando a reflexão de como a mudança acontece; perceber movimentos e ritmos em si e fora de si, nas organizações e na sociedade e; prestar atenção e criar capacidades de ver as forças presentes nos processos de mudança e desenvolvimento: tensões, resistências, impulsionamentos e polaridades, entre outros
3o ciclo: Observação e auto-observação como prática
No terceiro ciclo, desejamos: compreender e praticar a habilidade de observação e leitura de processos, dessa vez, incluindo nossa própria atuação como um fenômeno a ser observado e; exercitar a auto-observação e os espaços reflexivos, individuais e de grupo, como uma maneira consciente de estar no mundo.
A PRÁTICA SOCIAL REFLEXIVA
A prática social reflexiva é uma abordagem de compreensão da transformação social inspirada pelo pensamento científico de Goethe, que se baseia na inteligência dos organismos vivos.
Goethe olhava tudo como verbo – ou seja, como atividade – e em constante transformação: do girino ao sapo, do feto ao corpo humano plenamente desenvolvido, da semente à árvore. Percebia a vida sempre em interconexão e constante metamorfose.
Essa habilidade de se relacionar com os fenômenos como ‘coisa’ viva, transborda da prática profissional para nossa vida, tornando-se uma prática que não se esgota na ferramenta, no instrumento, na técnica; mas que atua em todo nosso comportamento.
Allan Kaplan e Sue Davidoff, da Proteus Initiative (África do Sul), são precursores da Pratica Social Reflexiva no mundo. Em 2002, o Instituto Fonte foi pioneiro em trazer essa abordagem para o Brasil e o Profides tem sido um programa no qual esta abordagem é levada a diferentes regiões do país.
Esta forma de entender o mundo está no centro do Profides, como abordagem metodológica e como um convite a um ‘estilo de viVER a vida’ que lembra de tomar todos os campos sociais como fenômenos singulares, vivos, orgânicos e também em constante transformação.
RELAÇÃO FINANCEIRA
A pergunta que “deveria” ser respondida nesta sessão é: quanto o programa custa para cada participante? No entanto escolhemos nos fazer outra pergunta: como construir a sustentação financeira deste programa, considerando as diferenças econômicas e sociais de cada participante?
Gostaríamos de construir uma relação distinta à lógica cliente-fornecedor. Nela, o dinheiro não deve ser um impeditivo à participação. Ao mesmo tempo, estamos oferecendo um programa facilitado por pessoas que dedicam sua vida a essa prática e que precisam se sustentar financeiramente.
Dessa forma, o Profides 2021 não tem um preço determinado pela organização para o participante. Nosso convite é para que cada pessoa possa exercer autorresponsabilidade e autonomia para definir, com nosso apoio e informações, o valor que deseja contribuir financeiramente. Enfim, para nos relacionarmos com as finanças a partir da lógica da ecologia social em que os recursos e necessidades são diferentes entre os indivíduos de um grupo.
Para isso, é importante compartilhar algumas informações sobre a estrutura desta edição. Foram estimadas 380 horas de trabalho dedicadas para a coordenação, facilitação e gestão do programa. Somados aos custos com infraestrutura e comunicação, temos a meta mínima de R$ 33.683,29 para que o programa seja sustentável financeiramente. Este valor representa o total, considerando os três (3) meses de programa e deve ser arrecadado pela turma (aproximadamente 20 participantes).
CRONOGRAMA
Inscrições para a próxima turma estão abertas.
Abertura e apresentações: formaremos uma próxima turma com o número mínimo de até 10 participantes.
INSCRIÇÕES: ATÉ 17 DE SETEMBRO
DURAÇÃO: DE 21 DE SETEMBRO A 17 DE DEZEMBRO
Ciclo 1
Ciclo 2
Ciclo 3
FACILITAÇÃO E REALIZAÇÃO
Para o Instituto Fonte, facilitar é abrir espaço para aquilo que está incipiente, incrustado ou reprimido para desabrochar, aparecer e ganhar voz. Cuidamos dos detalhes de uma conversa ou reunião, procuramos fazer uma escuta ampliada e desenvolver um profundo processo de observação. Por fim, entendemos que toda facilitação também é uma forma de constante aprendizagem mútua.
O Profides 2021, nesta versão virtual, é uma experiência pioneira e que pede um processo cuidadoso em sua realização. Considerando os limites desse formato, reunimos facilitadores profissionais com experiência e trajetória significativa no campo da fenomenologia.
ANA BIGLIONE
Fundadora da Noetá, Ana atua com transformação social e desenvolvimento de pessoas e organizações pela Noetá e em parceria com outras iniciativas, principalmente no Brasil, Argentina e África do Sul. Formada em administração pela FGV-SP, desenvolve sua atuação a partir da Prática Social Reflexiva, que estuda e ensina há mais de 10 anos, tendo facilitado processos como o Profides, Programa Artistas do Invisível e Ativismo Delicado. Em sua trajetória se envolveu com a concepção do Instituto Hedging-Griffo, do qual foi conselheira, e atuou em organizações como IDIS, apoiando empresas no seu investimento social no Brasil e na Argentina; FICAS, em processos formativos no Brasil e em Moçambique e; Instituto Geração, organização para jovens-adultos da elite, engajados na transformação social, que co-empreendeu e foi diretora executiva. Participou do conselho de diversas iniciativas sociais e, com sua irmã, co-fundou a Associação Cultural Cuadra Flamenca.
ANTONIO LUIZ DE PAULA E SILVA
Consultor do IMO Instituto de Desenvolvimento Organizacional. Mestre em Administração pela FEA/USP (2001), engenheiro agrônomo pela ESALQ/USP, desde 1989 trabalha em projetos de desenvolvimento social como facilitador, educador e consultor. Fellow da Ashoka Empreendedores Sociais (1988). Autor do livro “Utilizando o Planejamento como Ferramenta de Aprendizagem”, editado pela Editora Global em 2001, e de outros textos voltados para o desenvolvimento de organizações do Terceiro Setor.
FLORA LOVATO
Consultora e facilitadora de processos associada ao Instituto Fonte desde 1999. Foi gerente geral da Fundação Iochpe por seis anos e há 22 anos vem trabalhando em processos de desenvolvimento – desenvolvimento organizacional, planejamento estratégico, aprendizagem e avaliação de programas e projetos – junto a diferentes iniciativas sociais a partir da prática social reflexiva. Atua como facilitadora nos programas de formação desenvolvidos pelo Instituto Fonte e, como consultora convidada da The Proteus Initiativa, co-facilitou a Pós-Graduação em Prática Social Reflexiva. É fellow da Fundação Kellogg, do BoardSource, onde realizou formação voltada ao desenvolvimento de Conselhos e Governança Institucional, e do Community Development Resource Association, organização junto à qual cursou o Fellowship Programme, programa avançado com foco em intervenção social. É graduada em Comunicação Social pelo Instituto Metodista de Ensino Superior e especialista em Docência no Ensino Superior pela Universidade Dom Bosco.
HELENA RONDON
Consultora e facilitadora associada ao Instituto Fonte. Formada em comunicação, pós-graduada em MKT e mestra em Gestão Pública. Participou da Pós-Graduação “Reflective Social Practice” realizada pelo The Proteus Initiative de Cape Town, África do Sul, em parceria com o Crossfields Institute, de Londres- Inglaterra e a Alanus University de Bonn – Alemanha. A minha prática profissional é resultado de 15 anos de atuação em educação e empresas privadas de comunicação, cooperação internacional – Aliança Interage e ONG Doutores da Alegria e mais 14 anos como facilitadora de processos de Desenvolvimento. Mora em Recife (PE).
JULIANA DA PAZ
Juliana é consultora e facilitadora de processos. Atua como professora universitária e no campo das organizações da sociedade civil facilita processos de desenvolvimento de grupos e indivíduos. É formada em Administração de Empresas pela Universidade de Pernambuco e pós-graduada em Gestão de Organizações sem Fina Lucrativos, pela Universidade Mackenzie, e mestre em Administração com foco em processos de aprendizagem, pela Universidade Federal de Pernambuco. Em sua trajetória profissional atuou, desde 2002, nas áreas financeiras e de desenvolvimento institucional de diversas OSC, com foco em planejamento estratégico, processos de mudança e reestruturação organizacional, captação de recursos, elaboração e gestão de projetos. Desde 2009 também atua como professora em cursos de graduação e pós graduação. Preside voluntariamente a Associação Pró Adoção e Convivência Familiar e Comunitária.
MÁRCIA THOMAZINHO
Atua no campo do desenvolvimento social há 20 anos, com experiência na gestão institucional, coordenação de programas e projetos de desenvolvimento comunitário, educação integral e formação de lideranças solidárias em contextos corporativos. Há mais de 10 anos, é consultora em processos de desenvolvimento organizacional e de grupos, planejamento estratégico, avaliação de projetos, aprendizagem organizacional e sistematização de experiências, com abordagem inovadora baseada na Prática Social Reflexiva, processo fenomenológico para desenvolvimento (Proteus Initiative e Instituto Fonte) e em metodologias inovadoras de aprendizagem. Bióloga, pós-graduada no programa Reflective Social Practice (Crossfields Institute e Alanus University) e em Gestão de Organizações do Terceiro Setor (Mackenzie) e, nos últimos anos, tem se dedicado a formações em Pensamento Sistêmico aplicado a contextos sociais. No Instituto Fonte, foi consultora associada e do colegiado de gestão, cursou o Profides em 2009, do qual foi posteriormente co-facilitadora entre 2011 e 2012, participou do programa de formação Artistas do Invisível e foi facilitadora do Programa Aprimora.
SARITTA FALCÃO BRITO
Consultora e facilitadora de processos associada do Instituto Fonte, Saritta atua na aprendizagem e desenvolvimento de pessoas e organizações junto a diferentes iniciativas sociais. É formada em Administração de Empresas pela Faculdade Estadual de Pernambuco e pós-graduada em “Reflective Social Practice”, pela Alanus University, em Bonn, Alemanha. Em sua trajetória foi superintendente do Instituto Ação Empresarial pela Cidadania, criado pelo Programa LIP – Leadership of Philantropy (Fundação W.K Kellogg); co-fundadora do Grupo Recife de Aprendizagem (Gra), organizador da pós-graduação em Prática Social Reflexiva no Brasil e; co-facilitadora da 8ª edição do Profides e do módulo Fenomenologia Goetheana, da Formação em Pedagogia Waldorf – NE. Participa voluntariamente do conselho deliberativo da Fundação Mamíferos Aquáticos e do grupo gestor do Jardim Aroeira.
THIAGO SALDANHA
Profidiano de 2019. É consultor em desenvolvimento de cultura de diálogo em grupos e organizações, facilitador em habilidade socioemocionais de comunicação e mediador de conflitos. Sócio-Fundador da Reúna, há 5 anos se dedica à prática da Comunicação Não-Violenta e aos estudos da Não-Violência. Tem mais de 10 anos de experiência, atuando como produtor e gestor cultural, dos quais sete dedicados ao desenvolvimento e implementação de estratégias de investimento social voluntário para empresas do setor de mineração e óleo e gás. É designer de sustentabilidade pelo Gaia Education, certificado em Ciências Holísticas e Economia para a Transição pela Schumacher College Brasil. Possui formação em Sociocracia com os fundadores da Sociocracy 3.0 e especializações em facilitação pelo centro de Comunicação Não-Violenta, BayNVC (California): The Art of Facilitation e Convergent Facilitation. É bacharel em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense, tendo cursado Gestão Cultural na Universidade Lusófona em Lisboa.
TIÃO GUERRA
Pedagogo dedicado ao desenvolvimento do ser humano enquanto indivíduo e em grupos. Desde 1979, Tião trabalha com instituições, movimentos sociais, empresas e governos. Atuou como educador formal em escolas públicas, entre 1980 e 2017. Fundou o Instituto de Educação de Nova Friburgo, em 1985, e foi o diretor da escola de aplicação do mesmo. Fundou a Associação Crianças do Vale de Luz, em 1988, e, dentro dela, duas escolas públicas, com metodologias ativas. A partir daí, em 1996, Tião começou a atuar como consultor de processos de desenvolvimento social. Realizou estágios na área educacional na França, Suíça e África do Sul. Tem prestado serviços de avaliação, planejamento, produção de conhecimento, desenho de gestão, entre outros, para organizações como UNICEF/RJ; BMZ (Ministério Social Alemão); Fundação Nelson Mandela (África do Sul); Instituto Alana; Instituto OI Futuro; British Council; Fundação Vale; SESC – Departamento Nacional; Cícero Papelaria. É graduado em Pedagogia, com especializações em Pedagogia Waldorf e Pedagogia Social. É músico, leitor e escritor, e pratica e acredita no contato consigo mesmo, com a natureza, com a Arte e com o Outro como instrumento de trabalho e de desenvolvimento pessoal e social.
O programa iniciará com um mínimo de 10 participantes. Caso tenhamos um número superior a 25 inscrites, serão formadas duas turmas e será possível escolher participar do processo pela manhã/tarde/noite.
Mencione sua preferência de horário ao FAZER SUA INSCRIÇÃO AQUI!
Baixe aqui o PDF do programa: Profides 2021 – Turma 2 – Setembro
E, em caso de dúvidas, entre em contato com: contato@institutofonte.org.br
Assistam ao convite das facilitadoras desta edição, Saritta Falcão Brito e Márcia Thomazinho.
Assistam aqui à live de lançamento:
É só acessar: https://us02web.zoom.us/j/7130258961
A consultora associada do Instituto Fonte, Saritta Falcão Britto, vai participar, no dia 04 de março de 2021, do V Seminário Regional de formação profissional em meio ambiente e recursos hídricos, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Sua fala vai compor a mesa “Experiências com a Natureza na educação formal e informal”. Saritta vai falar ao lado de Janaína Jatobá, conselheira do Instituto.
Mais informações podem ser acessadas no folder abaixo e as inscrições devem ser feitas em https://www.ufpe.br/profciamb
Pode uma prática que coloca a observação em primeiro plano, ter um papel de cura no mundo?
Deixamos aqui uma valiosa indicação do Instituto Fonte, um convite para a prática da resiliência, que nasce da colaboração entre Proteus Initiative e Ecosocial, para aqueles que foram tocadas/os pela palestra de Allan Kaplan dada nas “Gotas Antroposóficas”.
Incluímos aqui o material de divulgação, que pode ser acessado CLICANDO AQUI , e contém informações sobre o objetivo, o processo, período e ciclo de aprendizagem, investimento e outras informações.
Mas atenção, as inscrições respeitarão a ordem de chegada e deverão ser feitas até o dia 05 de março de 2021, com José Carlos, pelo telefone/WhatsApp (11) 98999-2705 ou pelo e-mail josecarlos@ecosocial.com.br
Reproduzimos a reportagem de Priscila dos Anjos, para o site Notícias da Educação, do Itaú Social, que contou com a participação da consultora Flora Lovato e a formação realizada pelo Instituto Fonte sobre governança e gestão compartilhada para o Moinho Cultural (MS), pelo programa Missão em Foco.
Crédito: Notícias da Educação/Itau Social. Por Priscila dos Anjos, Rede Galápagos, Florianópolis (SC).
Publicada em: https://www.itausocial.org.br/noticias/o-potencial-educativo-do-territorio/
Em 2020, Paula Madeira, moradora do bairro Monte Cristo, em Florianópolis (SC), começou a fazer as compras do mês no Mercado da Família, localizado bem próximo de onde mora. Até então a mãe de Levi Madeira, de três anos, não costumava comprar arroz, feijão e carne nas mercearias do bairro. Isso mudou quando ela foi contemplada pelo projeto Caderneta Social, promovido pelo Centro de Educação Popular (CEDEP). No início da pandemia a empregada doméstica foi suspensa do trabalho e enfrentou um significativo corte salarial. Foi com o auxílio do recurso emergencial do Itaú Social que o CEDEP conseguiu complementar a renda de Paula Madeira e de outras 300 famílias, por meio de uma articulação com os comerciantes locais para a promoção de uma prática de compra que já era bem conhecida na comunidade: a de anotação dos itens comprados em uma caderneta. Uma vez implantada, a operação é relativamente simples. O CEDEP selecionou seis estabelecimentos na comunidade. Cada um deles forneceu mantimentos a 50 famílias, que compravam com caderneta em um estabelecimento cadastrado. A conta era paga pela OSC diretamente aos comerciantes.
A ação, que procurou garantir a segurança alimentar das famílias atendidas e fortalecer os pequenos comerciantes do bairro, se deu a partir do reconhecimento, pela equipe do CEDEP, da necessidade de fomentar o desenvolvimento da comunidade onde se localiza a sede.
A formação é um dos eixos estratégicos do programa Missão em Foco, do Itaú Social, e aborda vários aspectos que contribuem para o desenvolvimento de organizações da sociedade civil (OSCs). (Leia mais em Moinho Cultural constrói gestão horizontal.) Segundo o coordenador de projetos do CEDEP, Cayo Pedroso, essa perspectiva de ação junto à comunidade foi construída no processo de revisão do Projeto Político-Pedagógico (PPP), realizada entre os meses de março e agosto, pelos 35 gestores, técnicos e educadores da OSC. Desenvolvida como parte do programa Missão em Foco, a revisão do PPP contou com o apoio da assessoria técnica Cidade Escola Aprendiz, com sede em São Paulo. “Quando fomos selecionados para receber a verba emergencial, começamos a pensar em um projeto que trouxesse uma perspectiva de fomento do desenvolvimento territorial, pois era uma temática que vínhamos discutindo durante a revisão do PPP”, relata Pedroso.
Olhar o contexto, ampliar a visão
A identificação de potencialidades educativas de um território, como o Monte Cristo, é uma prática necessária para fortalecer o desenvolvimento integral de crianças, adolescentes e jovens. Para a jornalista Raiana Ribeiro, coordenadora de Programas da Cidade Escola Aprendiz, o desenvolvimento integral dos sujeitos está diretamente associado ao fomento das práticas e modos de vida no território onde residem as famílias atendidas pelas organizações da sociedade civil.
Raiana destaca que é preciso ampliar o trabalho das instituições por meio da articulação de ações em rede nos territórios, para que as transformações ocorram não somente entre os portões das OSCs, mas também no entorno. “Durante a revisão do PPP, impulsionamos a equipe do CEDEP a identificar os potenciais educativos no território. Fomos em busca dos saberes produzidos no entorno”, explica. “Assim é possível promover um processo que impacte o território e garanta o desenvolvimento integral das crianças, adolescentes e jovens que são atendidos na organização.”
Lia Salomão, assessora técnica da Cidade Escola Aprendiz, lembra que a noção de território educativo é um dos fundamentos para a promoção da educação integral. “A revisão de um projeto político-pedagógico, alinhada com os conceitos de desenvolvimento integral, precisa sempre fazer um movimento de ampliação da visão sobre os sujeitos atendidos nos projetos”, observa. “É preciso contextualizar o educando em seu território, para assim construir processos de aprendizagem que sejam significativos”.
Datado de 2006, o projeto político-pedagógico do CEDEP já não contemplava, totalmente, as atividades realizadas pela instituição. Ao longo dos anos, os educadores identificaram a necessidade de uma atualização no documento, mas foi somente após a adesão ao programa Missão em Foco, que puderam efetivamente parar, tomar fôlego e priorizar as necessidades para a atualização do PPP.
“Estou há 15 anos no CEDEP e acompanhei o crescimento da instituição. A partir de 2006, começamos a desenvolver atividades educativas, culturais e esportivas, com as crianças e adolescentes, no âmbito do Projeto Oficinas do Saber, mas atualmente, com a ampliação de parcerias e recursos, já estamos atuando em outros cinco projetos. Apesar do bom andamento das atividades, era preciso dar um passo atrás e questionar se esses programas faziam sentido dentro de uma proposta pedagógica. Para essa revisão sabíamos que era necessária uma assessoria técnica e qualificada, como a Cidade Escola Aprendiz”, relata a coordenadora-geral do CEDEP, Maria Marlene da Silva.
Etapas de revisão de um projeto político-pedagógico
Na primeira etapa da revisão, as facilitadoras tiveram acesso aos documentos já produzidos pelo CEDEP, como o PPP, as fichas de matrículas dos educandos e informações coletadas das famílias atendidas pela organização. A partir da leitura crítica dos documentos, iniciou-se uma série de entrevistas com 12 membros da equipe, que possuem funções distintas dentro da instituição.
Depois, foi produzido e compartilhado um diagnóstico que procurou identificar as necessidades latentes da organização. Verificou-se que os educadores e técnicos do CEDEP tinham a intenção de potencializar as atividades de fomento do território e desenvolver os processos de tomada de decisão internos de forma mais democrática e participativa.
Com base na validação dessas intenções com a equipe do CEDEP, teve início a etapa formativa. Os gestores foram divididos em três comissões de trabalho: mapeamento, práticas pedagógicas e sistematização. A comissão de mapeamento realizou uma ampla pesquisa sobre o território e as condições de vida das crianças, adolescentes e jovens atendidos pelo CEDEP. Já a de práticas pedagógicas procurou reunir os princípios que pautam as ações do CEDEP e elaborar propostas pedagógicas que pudessem impulsionar as atividades da organização. A comissão de sistematização ficou responsável por estudar os marcos legais que ancoram o projeto e sistematizar a produção textual das comissões de mapeamento e práticas pedagógicas. Concomitantemente a essa etapa, foram realizados sete grandes encontros remotos, com toda a equipe, para compartilhar as informações coletadas e analisadas dentro das comissões.
Nesse processo de reformulação do PPP, a equipe do CEDEP organizou os projetos já existentes em dois grandes programas. O Semeando Conhecimento, que reúne os três projetos que exercem o desenvolvimento educacional das crianças, adolescentes e jovens atendidos no contraturno da escola: Oficinas do Saber, Projeto Fênix e Avançar. E o Cultivando Comunidade, um programa que visa identificar as demandas da comunidade localizada no entorno, a fim de tornar o CEDEP um espaço de acolhimento e referência do bairro Monte Cristo. Os projetos realizados dentro dessa proposta são o Movimentar e o Mulheres Empreendedoras.
O coordenador de projetos do CEDEP, Cayo Pedroso, avalia que o processo de revisão do PPP não só atualizou um documento essencial para o cotidiano da organização, como também cultivou uma nova cultura de trabalho pautada na apropriação da equipe sobre a missão, visão e valores do CEDEP. “A revisão do PPP consolidou os papéis de cada educador e técnico do projeto. Faz total diferença ter uma equipe que tem clareza a respeito do que a instituição faz, que entende para onde a instituição está caminhando e como é possível contribuir”, diz Pedroso. “Essa revisão foi potente, positiva e muito transformadora. É incrível perceber quanto eu e os educadores nos apropriamos da instituição.”
Construção de gestão participativa
Identificada como uma das preocupações mais latentes para a equipe gestora do CEDEP, a descentralização das tomadas de decisão na entidade está sendo superada após a revisão do projeto político-pedagógico. Uma cultura mais participativa começou a ser semeada a partir do processo de reestruturação do PPP. A metodologia experienciada pela equipe foi pensada para que se garantissem espaços seguros de fala e de acolhimento das diferenças.
“Foi muito importante que durante esse processo eles pudessem experimentar de fato o que é construir coletivamente, assim como compreender os ganhos e as dificuldades da ampliação da participação. E entender como uma gestão mais democrática e participativa só poderia contribuir para fortalecer essa instituição”, explica a assessora Lia Salomão.
Moinho Cultural constrói gestão horizontal: A experiência de incluir mais os educadores e gestores nos debates e decisões
A descentralização das tomadas de decisão também foi uma experiência vivida pela equipe do Instituto Moinho Cultural Sul-Americano, organização da sociedade civil (OSC) que promove o aprendizado de atividades artísticas de crianças e adolescentes em Corumbá (MS) e arredores. Por meio do programa Missão em Foco, o Moinho Cultural foi contemplado com um processo formativo em governança, entre novembro de 2019 e setembro de 2020. A formação teve como facilitadora a consultora Flora Lovato, do Instituto Fonte para o Desenvolvimento Social.
De acordo com Flora, muitas organizações enfrentam entraves quanto à participação de suas equipes nos processos de decisão. Para superar a centralização na gestão de organizações é necessário que sejam criadas, pelas lideranças, condições propícias para a contribuição dos educadores e gestores. “Muitas vezes, apesar de bem-intencionadas, as lideranças assumem muitos papéis nas instituições, deixando então de criar condições para que outras pessoas se envolvam na organização”, afirma.
No processo de formação em governança, em que esteve como assessora, Flora procurou auxiliar os gestores no desenvolvimento de capacidades perante suas diferentes responsabilidades dentro do Moinho Cultural. Após realizar entrevistas com o núcleo gestor e os cinco conselheiros do Instituto, promoveu diálogos conjuntos, nos quais os participantes puderam analisar as potencialidades de trabalho que emergiram nas entrevistas, para então decidirem os encaminhamentos necessários.
“Foi um processo voltado ao desenvolvimento das diferentes esferas de governança da organização. O trabalho foi o de auxiliar no desenvolvimento das capacidades dos conselheiros e do núcleo gestor, impulsionando-os a fazer a gestão da organização de forma que um complemente o outro, sempre a partir das diferentes responsabilidades que cada instância deve ter”, explica.
A fundadora e diretora executiva do Moinho, Marcia Raquel Rolon, avalia que a formação em governança produziu uma gerência mais participativa dos gestores e conselheiros. “Eu havia identificado que não queria um conselho que só concordasse com as minhas ideias e decisões. Eu queria que eles discordassem também, mas não sabia como empoderá-los para que pudessem questionar e propor outras soluções. O trabalho com a assessoria proporcionou exatamente essa mudança de postura. Atualmente, a nossa governança está totalmente horizontal. O Moinho Cultural não é só o pensamento da Marcia. Hoje, eu não consigo tomar uma decisão sem consultar o conselho”, relata.
A nova experiência de gestão do Instituto Moinho Cultural ampliou os espaços de debate e tomada de decisão. A partir da formação em governança foi criado um grupo cogestor constituído por familiares das crianças e adolescentes atendidos pela organização. Neste ano, a gestão do Moinho Cultural se prepara para continuar as mudanças estruturais no projeto, e os gestores e conselheiros vão reformular o estatuto da instituição.